Especialistas apontam que 2025 marca a virada digital no direito imobiliário, com novas regras, registros eletrônicos e práticas baseadas em ESG
O mercado imobiliário brasileiro vive um processo acelerado de digitalização. A popularização dos contratos eletrônicos, o avanço da blockchain e a adoção de práticas ligadas ao ESG estão mudando a forma como empresas e investidores negociam, financiam e regularizam imóveis. O movimento exige atualização de escritórios jurídicos e profissionais que atuam com transações de alto valor.
De acordo com o advogado Rafael Emiliano de Almeida, fundador do Emiliano de Almeida Advogados Associados, a advocacia imobiliária está passando por uma verdadeira revolução. “Hoje, não basta conhecer o Código Civil. É preciso compreender contratos inteligentes, assinaturas digitais e garantias híbridas, porque o mercado opera cada vez mais em ambiente tecnológico”, explica o especialista, que também é professor e autor de artigos na área.
Levantamentos recentes do setor indicam que a digitalização de contratos e registros reduziu custos e tempo de trâmite em até 60% em determinadas operações, ao mesmo tempo em que ampliou a segurança para compradores e incorporadoras. Já o uso de blockchain em escrituras e registros começa a ganhar espaço em cartórios digitais, garantindo rastreabilidade e transparência jurídica às transações.
Outro ponto em destaque é a regularização fundiária, impulsionada por novas leis e programas de incentivo, que demandam maior preparo técnico para lidar com títulos eletrônicos e matrículas integradas. De acordo com o portal Conteúdo Imob, o tema será central nos próximos anos, com impacto direto sobre o crédito imobiliário e o valor de mercado dos imóveis.
Além da tecnologia, as pautas ambientais, sociais e de governança (ESG) ganharam peso nas incorporações e contratos de locação. Segundo análise do JusBrasil, a tendência é que cláusulas de sustentabilidade e eficiência energética passem a ser obrigatórias em novos empreendimentos e transações.
Para Rafael Emiliano de Almeida, o cenário cria oportunidades para quem se antecipa. “A advocacia precisa acompanhar o ritmo do mercado. Hoje o diferencial é unir técnica jurídica com visão estratégica de negócio, garantindo segurança para investidores e incorporadoras”, destaca o advogado, que também ministra palestras e treinamentos sobre direito imobiliário aplicado ao mercado.









