Conferência em Belém reúne líderes de 190 países para discutir financiamento verde, metas de descarbonização e papel do Brasil no combate à crise climática
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A COP30 teve início oficial nesta segunda-feira (10), reunindo chefes de Estado, especialistas, ONGs e representantes do setor privado para discutir os próximos passos na luta global contra as mudanças climáticas, segundo o G1. O evento, sediado em Belém (PA), será palco de negociações decisivas sobre financiamento climático, descarbonização da economia e proteção da Amazônia, consolidando o protagonismo brasileiro no debate ambiental.
O que está em jogo na conferência
Durante as próximas duas semanas, os países deverão apresentar novas metas de redução de emissões (NDCs) e discutir a criação de um fundo permanente para perdas e danos causados por eventos climáticos extremos. Também estão na pauta a transição energética justa, a regulação de créditos de carbono e o cumprimento da promessa de US$ 100 bilhões anuais em financiamento climático para nações em desenvolvimento.
Para o Brasil, anfitrião da COP30, o encontro representa uma oportunidade estratégica de reforçar sua imagem internacional e atrair investimentos voltados à economia verde, especialmente nos setores de energia renovável, bioeconomia e infraestrutura sustentável.
Desafios e impasses
Apesar do tom de urgência, o avanço das negociações enfrenta impasses entre países desenvolvidos e emergentes sobre responsabilidade histórica nas emissões e compartilhamento de recursos financeiros. Especialistas apontam que, sem um consenso sobre o financiamento climático e as regras de compensação de carbono, o evento pode resultar em acordos limitados, insuficientes para conter o aquecimento global dentro da meta de 1,5 °C.
Organizações ambientais também alertam para a necessidade de transparência nas metas e mecanismos de verificação, além da criação de um sistema global de rastreabilidade para garantir que compromissos sejam efetivamente cumpridos.
O papel do Brasil na transição verde
Com a Amazônia no centro das atenções, o governo brasileiro chega à COP30 com o objetivo de consolidar uma agenda de crescimento sustentável, baseada na redução do desmatamento e na valorização de cadeias produtivas de baixo carbono. O país pretende também propor novas parcerias multilaterais voltadas ao desenvolvimento da bioeconomia amazônica e à proteção dos biomas tropicais.
Para analistas, a atuação do Brasil será crucial para atrair investimentos externos e fortalecer sua posição em fóruns internacionais — incluindo o G20 e a OCDE — como um líder regional na pauta ambiental.
A COP30 marca, assim, um ponto de inflexão: de um lado, a urgência climática exige compromissos mais ambiciosos; de outro, as economias emergentes, como o Brasil, buscam mostrar que é possível conciliar crescimento econômico e sustentabilidade ambiental.









