3.7 C
Nova Iorque
25.3 C
São Paulo
terça-feira, novembro 18, 2025
spot_img

Cosan (CSAN3) quebra o silêncio: “Precisamos resolver agora a situação da Raízen (RAIZ4)”, diz CEO

Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news

A Cosan (CSAN3) voltou a sentir o impacto da fragilidade financeira da Raízen (RAIZ4) no balanço do 3T25.

Desta vez, o CEO Marcelo Martins deixou claro que a pressão por uma solução é imediata.

Segundo ele, as conversas com a Shell avançaram nas últimas semanas. A Shell é dona da joint venture ao lado da Cosan.

Apesar da evolução, ainda não existe acordo fechado para apresentar ao mercado.

Cosan admite urgência para reequilibrar a Raízen

Durante a teleconferência, Martins foi direto.

A companhia “entende a urgência” de encontrar uma saída para o problema estrutural da Raízen.

Esse problema tem pressionado a alavancagem. Além disso, tem corroído a equivalência patrimonial.

A holding já realizou duas ofertas de ações. Uma de R$ 9 bilhões e outra de R$ 1,4 bilhão.

Porém, a definição sobre quanto disso irá para a Raízen depende do acerto final com a Shell.

“Temos um direcionamento mais claro do que semanas atrás. No entanto, nada está completamente definido”, afirmou o CEO.

Raízen pesa no resultado e derruba lucro da Cosan

A Cosan reportou prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no 3T25.

O resultado reverteu o lucro de R$ 293 milhões de um ano antes.

O grande vilão? A equivalência patrimonial negativa de R$ 482 milhões.

A Raízen foi, novamente, o maior peso.

A sucroalcooleira enfrenta:

  • Ebitda caindo 14%, para R$ 3,3 bilhões
  • Alavancagem saltando de 2,6x para 5,1x
  • Pressão severa no setor de açúcar, etanol e distribuição internacional

BTG e Perfin entram na Cosan — mas longe da Raízen

A Cosan destacou que seus novos sócios não terão participação ou influência na Raízen.

São eles: BTG Pactual (BPAC11) e Perfin.

O acordo de acionistas preserva a estrutura original da joint venture com a Shell.

Dessa forma, não haverá mudanças de governança.

Ou seja:

Os novos acionistas não terão cadeira no conselho da Raízen — nem agora, nem depois.

Shell pode aportar até US$ 1 bilhão — mas sem assumir controle

A Shell estaria disposta a injetar até US$ 1 bilhão na Raízen.

A informação vem de apurações de mercado.

Mesmo assim, a companhia britânica já sinalizou que não quer assumir o controle.

Nesse meio tempo, a Cosan tenta reorganizar sua estrutura interna:

  • Integrar BTG e Perfin à holding
  • Manter o portfólio preservado
  • Evitar “vendas forçadas”
  • Reduzir incertezas após meses de forte pressão financeira

“O horizonte se abriu. Com os novos sócios, entramos em um novo momento”, disse Martins.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que a Raízen pressiona tanto o resultado da Cosan?

A equivalência patrimonial da Raízen é muito relevante para o balanço da Cosan.

Quando o desempenho da sucroalcooleira cai, o impacto é imediato na controladora.

A Shell realmente pode investir mais que a Cosan?

Sim. A britânica teria disposição para aportar valores maiores.

Porém, não quer assumir controle da joint venture.

Os novos sócios terão influência na Raízen?

Não. O acordo preserva a governança original entre Cosan e Shell.

Em outras palavras, BTG e Perfin ficam de fora do conselho da Raízen.

A Cosan pode fazer outro aporte na Raízen?

Pode. O CEO já admitiu essa possibilidade.

No entanto, isso ainda depende do acordo final com a Shell.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.