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domingo, dezembro 28, 2025
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CRI paga mais e não cobra IR: vale a pena?

Se você busca renda fixa com retorno maior, isenção de Imposto de Renda e ainda quer diversificar sua carteira, o CRI provavelmente já apareceu no seu radar. Mas muita gente ainda investe sem entender direito como funciona — e é aí que mora o risco.

Neste guia direto ao ponto, você vai entender o que é CRI, como ele funciona na prática, quais são as vantagens, os riscos escondidos e se faz sentido para o seu perfil.

O que é CRI e por que ele atrai tantos investidores?

O CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) é um título de renda fixa lastreado em créditos do setor imobiliário. Na prática, você empresta dinheiro para financiar projetos imobiliários — como imóveis residenciais, comerciais ou loteamentos — e recebe juros por isso.

O grande atrativo está em três pontos:

  • Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas
  • Rentabilidade geralmente maior que CDBs e LCIs
  • Exposição indireta ao mercado imobiliário

É por isso que bancos como o Santander Brasil (SANB11) e outras instituições oferecem CRIs como alternativa para investidores que já cansaram da renda fixa tradicional.

Como funciona investir em CRI na prática?

Quando você compra um CRI, está adquirindo um título emitido por uma securitizadora, empresa que transforma parcelas de financiamentos imobiliários em ativos financeiros.

Funciona assim:

  • Um projeto imobiliário gera recebíveis futuros
  • A securitizadora antecipa esses valores
  • Você compra o CRI e recebe juros e amortizações periódicas

Ou seja, o empreendedor recebe o dinheiro agora, e você fica com o direito de receber os pagamentos ao longo do tempo.

Também é possível investir de forma indireta, por meio de fundos imobiliários de papel ou fundos de renda fixa, contando com gestão profissional.

Quanto rende um CRI?

A rentabilidade do CRI pode ser:

  • Prefixada
  • Pós-fixada, atrelada ao CDI
  • Indexada à inflação, como IPCA + juros

Na maioria dos casos, o retorno é superior ao da renda fixa tradicional, justamente porque há mais risco envolvido. O pagamento ocorre conforme o fluxo dos recebíveis do projeto.

Prazo, liquidez e imposto: atenção aqui

Prazo

Os CRIs costumam ter prazos médios ou longos, muitas vezes acima de 10 anos. Emissões curtas são raras.

Liquidez

Esse é o ponto crítico. CRI não tem liquidez diária. Em geral, você só recebe o dinheiro no vencimento. Vender antes depende do mercado secundário — e pode gerar perdas.

Imposto

Aqui está o grande diferencial: rendimentos de CRI são isentos de IR para pessoas físicas. Mesmo assim, o investimento precisa ser declarado no Imposto de Renda.

Quais são as vantagens do CRI?

  • Isenção de Imposto de Renda
  • Rentabilidade mais elevada
  • Diversificação da carteira
  • Baixa correlação com outros ativos
  • Fluxo previsível de pagamentos

Por isso, o CRI costuma agradar quem busca renda passiva e já tem uma base conservadora montada.

Mas quais são os riscos que quase ninguém fala?

CRI não é livre de risco. Os principais são:

  • Risco de crédito, se os devedores não pagarem
  • Risco imobiliário, se o projeto perder valor
  • Risco de liquidez, caso precise do dinheiro antes
  • Risco de juros, se as taxas subirem muito

Por isso, analisar a securitizadora, o rating, as garantias e o projeto é fundamental.

CRI, LCI ou FII de papel: qual escolher?

Cada um tem seu papel:

  • CRI: maior retorno, menos liquidez
  • LCI: mais conservadora, liquidez melhor
  • FII de papel: diversificação e liquidez diária na Bolsa

A escolha depende do seu objetivo, prazo e tolerância ao risco.

CRI é para todo mundo?

Não. Apesar de ser renda fixa, o CRI é mais indicado para quem:

  • Pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo
  • Tolera menor liquidez
  • Já entende o básico de investimentos
  • Busca retorno acima da média

Para iniciantes, o ideal é começar com fundos que investem em CRIs, reduzindo o risco específico.

Vale a pena ter CRI na carteira?

Para muitos investidores, sim. Desde que:

  • Não seja o único investimento
  • Faça parte de uma estratégia de longo prazo
  • Seja bem analisado

Se usado com critério, o CRI pode ser um excelente complemento para aumentar o retorno da renda fixa.

Para continuar aprendendo a investir melhor, sem promessas milagrosas e com linguagem clara, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que é CRI?

É um título de renda fixa lastreado em créditos imobiliários

CRI paga Imposto de Renda?

Não. Pessoas físicas são isentas sobre os rendimentos

CRI é seguro?

Depende da qualidade do projeto e da securitizadora

Posso resgatar antes do vencimento?

Em geral, não. A liquidez costuma ser apenas no vencimento

CRI rende mais que CDB?

Normalmente sim, justamente por ter mais risco.

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