Ausência de controladores de tráfego afeta companhias aéreas, pressiona custos logísticos e reacende debate sobre infraestrutura e trabalho nos Estados Unidos
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Os Estados Unidos enfrentaram nesta segunda-feira (27) um dos piores dias do ano no setor aéreo. Mais de 8 mil voos foram atrasados e 1.200 cancelados, segundo a Reuters. O motivo foi a ausência de controladores de tráfego aéreo em diversos estados, especialmente em Nova York, Chicago e Atlanta. O caos nos aeroportos gerou prejuízos imediatos para companhias aéreas e aumentou a pressão sobre a infraestrutura de transporte americana.
Efeitos diretos no transporte e na economia real
A paralisação temporária afetou tanto o fluxo de passageiros quanto o transporte de cargas, elevando custos logísticos e de combustível. Empresas como FedEx e UPS relataram atrasos em suas operações domésticas, enquanto American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines tiveram de remanejar tripulações e reprogramar rotas. O resultado é o aumento de despesas operacionais e o risco de perda de margens em um momento de demanda elevada.
De acordo com estimativas citadas pela Reuters, cada hora de atraso em larga escala pode custar entre US$ 30 milhões e US$ 50 milhões ao setor aéreo, considerando combustível adicional, horas extras de equipes e compensações a passageiros. O impacto chega em um momento em que o mercado aéreo norte-americano já enfrenta escassez de mão de obra qualificada e custos crescentes de manutenção.
Escassez de profissionais e infraestrutura sob pressão
O episódio reacendeu o debate sobre a fragilidade da infraestrutura aérea dos EUA e o déficit de controladores de voo. O National Air Traffic Controllers Association (NATCA) estima que o país opera hoje com o menor número de profissionais em duas décadas, com déficit de cerca de 3 mil controladores. A Administração Federal de Aviação (FAA) tenta acelerar o treinamento de novos agentes, mas o processo pode levar até dois anos, o que prolonga o risco de novos gargalos.
Reflexos na cadeia de consumo e inflação de serviços
O congestionamento aéreo não afeta apenas o turismo, mas também a cadeia de suprimentos, incluindo a entrega de produtos essenciais. O atraso de cargas expressas, medicamentos e peças industriais pode elevar o custo logístico e reduzir a produtividade. Economistas consultados pela agência alertam que, se o problema persistir, o impacto poderá se refletir na inflação de serviços, em um momento em que o Federal Reserve (Fed) tenta conter pressões de preços sem esfriar a economia.









