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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Custo logístico e juros altos travam exportações brasileiras, alerta CNI

O Brasil está perdendo espaço no comércio internacional por causa de custos elevados, infraestrutura deficiente e juros que sufocam a indústria. A conclusão faz parte do novo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado pelo InfoMoney. O estudo mostra que as exportações brasileiras seguem paradas por entraves estruturais que o país ignora há décadas.

Logística cara trava o avanço das exportações

O levantamento revela que 58,2% das empresas apontam o alto custo do transporte internacional como a maior barreira à competitividade. Além disso, 48,5% relatam problemas de ineficiência portuária, que atrasam embarques e aumentam despesas. Os exportadores também enfrentam poucas rotas marítimas e falta de contêineres, citadas por 47,7% das indústrias.

Ainda segundo a pesquisa, tarifas portuárias elevadas atingem 46,2% das empresas — algo que reduz margens de lucro e afasta o Brasil de concorrentes globais com logística mais eficiente.

Juros altos encarecem o capital e sufocam indústrias

Além da logística deficiente, o custo do dinheiro no Brasil segue entre os maiores obstáculos competitivos. A taxa de juros vigente torna o financiamento caro e limita a capacidade das empresas de investir, produzir e exportar. O estudo destaca que a volatilidade cambial também aparece como problema relevante para 41,8% dos entrevistados.

Essa combinação — juros altos e câmbio instável — impacta diretamente os preços de produtos brasileiros lá fora.

Sem acordos comerciais, o país se isola

A CNI também alerta para outro gargalo: a falta de acordos comerciais estratégicos. Pelo menos 25,8% das empresas apontam essa ausência como obstáculo real. O Brasil fica fora de mercados importantes e perde espaço para países que negociam tarifas melhores e acesso preferencial.

Além disso, empresas enfrentam barreiras técnicas no exterior, como certificações, padrões de qualidade e normas rígidas — algo que exige preparação e investimento.

CNI propõe pacote de medidas urgentes

Para destravar o setor, a CNI defende um conjunto claro de ações estruturais:

  • modernização dos instrumentos de financiamento à exportação;
  • redução de tarifas portuárias;
  • estímulo à concorrência em portos e terminais;
  • digitalização de processos tributários;
  • criação da Janela Única Aquaviária e do Port Community System;
  • expansão de acordos comerciais como Mercosul–UE, EUA e Canadá.

Segundo a entidade, 2026 será decisivo: sem reformas, o país corre risco de perder ainda mais destaque no comércio global.

Conclusão

O Brasil tem potencial para crescer, mas segue travado por problemas já conhecidos — e evitáveis. A falta de competitividade nas exportações custa empregos, renda e oportunidade de integração global. Enquanto outros países aceleram, o Brasil ainda discute temas básicos como logística e juros.

Acompanhe aqui no Brasilvest para saber quais medidas o governo e o setor privado devem tomar para destravar a economia.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Quais são os principais fatores que encarecem as exportações brasileiras?

Os maiores entraves são o custo do transporte internacional, tarifas portuárias elevadas, falta de rotas marítimas, juros altos e burocracia.

Por que os juros afetam tanto a competitividade?

Porque o financiamento para produzir e exportar fica caro, reduzindo a margem das empresas e deixando produtos brasileiros menos competitivos lá fora.

O Brasil tem poucos acordos comerciais?

Sim. A falta de tratados estratégicos reduz o acesso do país a mercados importantes e aumenta tarifas sobre produtos brasileiros.

A logística brasileira é realmente um problema?

Sim. Portos lentos, tarifas altas e pouca disponibilidade de navios e contêineres atrasam embarques e elevam custos.

O que a CNI recomenda para melhorar a situação?

A entidade propõe modernizar financiamento, reduzir tarifas portuárias, digitalizar processos, ampliar acordos internacionais e criar sistemas de gestão portuária.

O que acontece se o país não agir agora?

O Brasil deve perder ainda mais espaço no comércio global, reduzindo competitividade, renda e geração de empregos.

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