8.1 C
Nova Iorque
22 C
São Paulo
sexta-feira, novembro 14, 2025
spot_img

DePin dispara a US$ 50 bilhões e vira nova aposta da criptoinfraestrutura

Redes físicas descentralizadas avançam com IA, nuvem e IoT — e projeções falam em multiplicação de até 1.000× na próxima década

O mercado de DePin (redes físicas descentralizadas) já movimenta US$ 50 bilhões e ganhou força como a nova fronteira da infraestrutura cripto, segundo levantamento detalhado do Money Times. A tese ganhou tração ao unir hardware e blockchain para oferecer poder computacional, armazenamento, conectividade e outros serviços do mundo real com remuneração em tokens.

O que é DePin e por que importa agora

DePin (de Decentralized Physical Infrastructure Networks) é a camada cripto que coordena recursos físicos — como computação, storage e redes sem fio — por meio de incentivos on-chain. O gatilho recente vem da expansão de IA generativa, maior demanda por nuvem e crescimento da IoT, criando terreno fértil para modelos que remuneram provedores de capacidade diretamente, aponta o Money Times. Em vez do provedor centralizado capturar toda a margem, os incentivos se distribuem entre operadores da rede.

Quem são os protagonistas do ecossistema

Entre os nomes mais citados estão Render (RNDR), que coordena renderização distribuída e remunera GPUs ociosas; Filecoin (FIL), que conecta armazenamento descentralizado a clientes corporativos e cripto-nativos; e Helium (HNT), que expande cobertura sem fio por meio de hotspots de comunidade. O fio condutor é o mesmo: serviço físico + coordenação por tokens, destaca o Money Times.

Por dentro do número: de US$ 5 bi para US$ 50 bi

O valor de mercado do segmento saiu de ~US$ 5 bilhões (2022) para ~US$ 50 bilhões (2024), impulsionado pelo ciclo de IA e pela migração de workloads para arquiteturas distribuídas. Analistas citados pelo Money Times argumentam que, se DePin capturar mesmo uma fração dos gastos globais com computação, dados e conectividade, a tese ainda está no início — daí a projeção ousada de multiplicação potencial de até 1.000× no horizonte de uma década.

Tese de investimento: caso de uso + incentivos certos

A lógica econômica de DePin é caso de uso primeiro, token depois. Projetos com demanda clara (ex.: render para estúdios, storage verificável para datasets de IA, cobertura IoT para tracking logístico) tendem a sustentar receita e evitar inflacionar tokens. Já os que têm tokenomics frágeis, baixa adesão de clientes e dependem só de especulação queimam caixa e desancoram preço, alerta o Money Times.

Riscos: regulação, escala e custo real

Nem tudo são flores. O setor enfrenta riscos regulatórios, desafios de qualidade de serviço (SLA mensurável), economia de escala contra hyperscalers e ciclos de preço de hardware (GPUs, SSDs, energia). Além disso, tokenizar incentivos não elimina custos físicos: para competir fora do cripto, o serviço precisa ser mais barato, rastreável e confiável — condição necessária para sair do nicho, ressalta o Money Times.

Checklist Brasilvest: como olhar para DePin

Para separar joio do trigo, use um filtro simples baseado no que a reportagem compilou:

  • Demanda real: existe cliente off-chain pagando por serviço mensurável?
  • Unidade econômica: receita recorrente > subsídio do token?
  • Prova criptográfica: há verificação on-chain do serviço (ex.: proofs de armazenamento/compute)?
  • Moat técnico: é só token ou há infra/stack difícil de replicar?
  • Governança: treasury e emissão servem à rede — não o contrário?
spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.