Os mercados brasileiros amanheceram com uma enxurrada de novidades envolvendo algumas das empresas mais acompanhadas da Bolsa. De provisões bilionárias e prejuízos trimestrais a decisões judiciais que podem redefinir o futuro de companhias em crise, esta sexta-feira (14) promete alta volatilidade no pregão.
A seguir, os principais movimentos corporativos do dia — com informações de Reuters, Estadão Conteúdo e Money Times.
Vale (VALE3) prevê nova provisão bilionária após decisão sobre Mariana
A Vale (VALE3) comunicou que a Alta Corte da Inglaterra atribuiu responsabilidade à BHP pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), operada pela Samarco, joint venture das duas mineradoras.
Com isso, a companhia estima registrar uma provisão adicional de US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras de 2025.
Além disso, o fato relevante também confirma a validade das renúncias assinadas por reclamantes já indenizados no Brasil, reduzindo o volume total de demandas.
A mineradora reforçou que, junto da BHP, segue confiante no Acordo Definitivo firmado em 2024, considerado por ambas as partes o caminho mais eficiente para compensar os atingidos.
Azul (AZUL4) volta ao prejuízo e acende alerta para alavancagem
Depois de registrar lucro no trimestre anterior, a Azul (AZUL4) retornou ao campo negativo em seu balanço do 3º trimestre de 2025.
A companhia reportou:
- prejuízo líquido ajustado de R$ 1,5 bilhão;
- resultado líquido negativo de R$ 644,2 milhões;
- alavancagem crescendo para 5,1x, acima dos trimestres anteriores.
No entanto, a piora ocorre mesmo após a divulgação do plano de negócios dentro do Chapter 11, que projeta redução da alavancagem para 2,5x até fevereiro de 2026.
Oi (OIBR3): Justiça suspende falência após recurso dos bancos
A novela envolvendo a Oi (OIBR3;OIBR4) ganhou um novo capítulo.
Segundo informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim, d’O Globo, e confirmadas por Broadcast e Valor Econômico, a desembargadora Mônica Maria Costa, do TJ-RJ, suspendeu os efeitos da falência decretada no início da semana.
Nesse sentido, a decisão:
- atende recurso do Bradesco (BBDC4) e do Itaú (ITUB4);
- determina o retorno dos administradores judiciais;
- abre investigação sobre o papel da Pimco, atual controladora do grupo.
Eztec (EZTC3) distribuirá R$ 220 milhões em dividendos
A construtora aprovou o pagamento de dividendos intermediários divididos em duas parcelas:
- R$ 87,14 milhões até 28 de novembro;
- R$ 132,86 milhões até 17 de dezembro.
Em seguida, as ações passam a ser negociadas ex-dividendos em 19 de novembro.
Telefônica Brasil (VIVT3) anuncia JCP de R$ 340 milhões
A empresa confirmou a distribuição de R$ 340 milhões em JCP, equivalente a R$ 0,106 por ação.
Com o IRRF, o valor líquido será de R$ 0,090 por papel — exceto para investidores isentos.
Dessa forma, tem direito ao provento quem estiver na base acionária em 24 de novembro.
Nubank (ROXO34) supera projeções e lucra US$ 783 milhões
O Nubank (ROXO34) registrou alta de 39% no lucro líquido do 3T25, superando estimativas da LSEG e atingindo US$ 783 milhões.
Além disso, o ROE anualizado chegou a 31%.
Prio (PRIO3) tem rating elevado após aquisição em Peregrino
A S&P Global elevou a nota de crédito da Prio (PRIO3) para ‘BB’ após a empresa adquirir mais 40% do Campo de Peregrino.
Como resultado, a produção total deve ultrapassar 150 mil barris/dia.
JBS (JBSS32) lucra US$ 581 milhões no trimestre
A JBS (JBSS32) apresentou lucro dentro das expectativas, apesar da queda de 16% na comparação anual.
Ao mesmo tempo, a receita subiu para US$ 22,5 bilhões.
Cemig (CMIG4) tem queda de 75,7% no lucro
A estatal mineira reportou lucro de R$ 797 milhões, forte retração anual.
Da mesma forma, o Ebitda ajustado caiu para R$ 1,47 bilhão.
Petrobras (PETR4) posterga propostas para nova plataforma
A Petrobras (PETR4) adiou para maio de 2026 o recebimento de propostas para o novo navio-plataforma do campo de Albacora.
IRB(Re) (IRBR3) lucra R$ 99 milhões, mas resultado recua
Por outro lado, o resultado do IRB(Re) caiu 15% devido à ausência de ganhos não recorrentes registrados em 2024.
Gafisa (GFSA3) amplia prejuízo para R$ 92,1 milhões
A empresa segue pressionada por baixa geração de receita e margens negativas.
JHSF (JHSF3) mais que dobra o lucro no trimestre
Em contrapartida, a incorporadora lucrou R$ 304 milhões, com forte avanço em receita e Ebitda.
Dasa (DASA3) volta ao lucro e registra R$ 97 milhões
A empresa reverteu prejuízo com reorganização de portfólio e eficiência operacional.
Localiza (RENT3) lucra R$ 871 milhões com impacto do IPI reduzido
Além disso, o Ebitda ajustado atingiu R$ 3,54 bilhões, alta de 6,8%.
Cyrela (CYRE3) surpreende e lucra R$ 609 milhões
O valor supera com folga as projeções de mercado e é impulsionado por venda de ações da Cury.
Yduqs (YDUQ3) lucra R$ 98 milhões, abaixo das expectativas
Apesar da queda anual, o Ebitda ajustado avançou 5,8%.
Hapvida (HAPV3) aprova recompra após tombo de 40% na Bolsa
Nesse contexto, a empresa poderá recomprar até 70 milhões de ações nos próximos 18 meses.
CPFL Energia (CPFE3) lucra R$ 1,38 bi e vê avanço em meio a desafios
A elétrica superou estimativas e registrou alta de 3,3% no lucro em relação ao ano anterior.
Banco Bmg (BMGB4) aumenta lucro para R$ 148 milhões
O retorno sobre patrimônio subiu para 16,6%, enquanto a inadimplência caiu.
LWSA (LWSA3) propõe restituição de R$ 140 milhões aos acionistas
Assembleia definirá sobre duas reduções de capital no dia 5 de dezembro.
3tentos (TTEN3) tem lucro de R$ 203 milhões, queda de 36%
Apesar da queda no lucro e no Ebitda, a receita operacional líquida cresceu 42,9%.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que estas empresas estão entre os destaques do dia?
Porque divulgaram resultados, comunicados relevantes ou enfrentaram decisões judiciais que podem impactar seus preços na Bolsa.
A suspensão da falência da Oi já está confirmada oficialmente?
Sim, segundo informações de colunistas e veículos como Reuters e Estadão Conteúdo.
A provisão da Vale afeta diretamente o preço das ações?
Pode afetar, já que altera expectativas sobre custos futuros e o balanço da empresa.
O prejuízo da Azul preocupa o mercado?
Sim, especialmente por causa da alta alavancagem.
Por que o Nubank surpreendeu?
Porque o lucro superou as projeções mesmo em um cenário competitivo.
Dividendos e JCP movimentam o preço das ações?
Sim, podem atrair investidores de renda e gerar ajustes no valor dos papéis.









