Ambas são formas de endividamento, mas com implicações distintas para o país, as empresas e o seu bolso.
Quando se fala em dívida, logo pensamos em alguém devendo dinheiro. Mas no universo da economia, há uma diferença crucial entre dívida pública e dívida privada — e saber essa diferença pode ajudar você a entender melhor o noticiário e a política econômica.
A dívida pública é o quanto o governo deve — seja a investidores, bancos ou organismos internacionais. Ela cresce quando os gastos do governo são maiores do que a arrecadação, obrigando o Estado a emitir títulos para captar recursos.
Já a dívida privada é contraída por empresas e pessoas físicas. Pode vir de financiamentos, empréstimos bancários, emissão de debêntures, ou outras formas de crédito. Ela representa obrigações do setor não estatal e está ligada diretamente à capacidade de pagamento dessas entidades.
O impacto das duas dívidas é distinto. A dívida pública alta pode pressionar os juros, afetar a inflação e reduzir a capacidade de investimento do governo. Já uma dívida privada elevada pode sinalizar risco para bancos e investidores, além de comprometer o crescimento econômico.
Ambas, porém, têm algo em comum: quando mal administradas, geram instabilidade. Um governo muito endividado pode perder credibilidade; uma empresa superalavancada pode quebrar. E em ambos os casos, a conta chega para a sociedade — via desemprego, inflação ou retração econômica.