Real se valoriza e reverte alta do exterior em dia de clima mais favorável
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (6) com queda de 0,46%, saindo de uma trajetória de valorização e fechando cotado a R$ 5,3102, de acordo com o InfoMoney. Esse movimento marca uma reversão em meio a ajuste no cenário político-econômico e expectativas favoráveis para o real.
Fatores que impulsionaram a queda
A moeda americana cedeu força após o governo divulgar que Lula e Trump usaram videoconferência para amenizar tensões comerciais. Essa informação ajudou a reforçar o real frente ao dólar. Além disso, o Banco Central reafirmou compromisso com a meta de inflação, gerando confiança nos agentes locais.
Enquanto isso, no exterior, o dólar permaneceu em alta frente a outras moedas, mas não conseguiu sustentar esse desempenho frente ao real, dada a melhora no sentimento local.
Câmbio futuro e turismo
No mercado futuro, o dólar com vencimento em novembro registrou recuo de 0,62%, fechando em R$ 5,3445. Já o dólar turismo operou em R$ 5,352 na venda, segundo os dados do portal.
Essa diferença entre comercial e turismo reflete o prêmio embutido para operações de câmbio pessoal, considerando custos, impostos e liquidez.
Consequências no cenário macro e para investidores
Essa queda modesta do dólar pode aliviar parcialmente o impacto sobre importações e inflação. Como o Brasil importa insumos e insumos industriais, um câmbio mais favorável ajuda a conter reajustes nos preços ao consumidor.
Para investidores, a baixa do dólar reduz a necessidade de hedge cambial e pode incentivar entrada de capital externo em renda variável. Ao mesmo tempo, quem já estava comprado em dólar sente alívio em parte da valorização esperada.
O que observar nos próximos dias
O mercado acompanhará de perto os desdobramentos das negociações Brasil-EUA, novas falas de autoridades e indicadores que possam reacender o apetite pelo dólar. Também será importante monitorar operações de swap cambial e intervenções do Banco Central para rolagem de vencimentos.
Se surgirem sinais de estabilidade política e inflação sob controle, o real pode ganhar força adicional. Porém, qualquer surpresa externa — como falas mais agressivas do Fed ou choques nos preços globais — pode reverter esse movimento rápido.