Alívio no câmbio e melhora do exterior trazem fôlego aos ativos brasileiros nesta segunda-feira
O dólar abriu a segunda-feira (13) em leve queda frente ao real, acompanhando o movimento de desvalorização global da moeda americana, segundo o G1. O Ibovespa também iniciou o dia em recuperação, após uma semana marcada por forte volatilidade nos mercados e cautela fiscal.
Alívio cambial e melhora externa
O câmbio abriu com recuo próximo de 0,3%, refletindo o arrefecimento do dólar no exterior e uma leve retomada do apetite por risco entre investidores internacionais. A desvalorização ocorre após dias de alta provocada por incertezas geopolíticas e pela escalada das tensões entre Estados Unidos e China, que afetaram bolsas e moedas emergentes.
No cenário global, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, opera em queda, enquanto o euro e a libra esterlina recuperam terreno. O movimento melhora o ambiente para divisas de países emergentes, como o real, e tende a aliviar pressões inflacionárias de curto prazo.
Ibovespa acompanha movimento
O Ibovespa abriu em alta leve, puxado por ações de commodities e do setor financeiro. Empresas exportadoras, como Vale e Petrobras, voltam a atrair fluxo estrangeiro com a recuperação dos preços do petróleo e do minério de ferro. O avanço do índice reflete também a expectativa de trégua nas declarações de Donald Trump, que nos últimos dias intensificaram as preocupações com tarifas comerciais.
De acordo com o G1, a agenda econômica da semana inclui a divulgação de novos dados de inflação e produção industrial, além de declarações de dirigentes do Federal Reserve, que podem calibrar as apostas sobre juros nos Estados Unidos.
Riscos no radar
Apesar do alívio momentâneo, analistas alertam que o cenário global segue instável. A guerra comercial e as incertezas fiscais no Brasil continuam pesando sobre a confiança de investidores. Intervenções pontuais do Banco Central no câmbio não estão descartadas caso o dólar volte a subir acima dos R$ 5,70.
No campo político, o governo ainda enfrenta resistência para avançar com medidas de ajuste fiscal, o que mantém o risco-país elevado e limita o espaço para cortes mais profundos na taxa Selic.
Perspectiva para os próximos dias
Para o restante da semana, a expectativa é de volatilidade moderada. O câmbio tende a seguir sensível a fatores externos, enquanto o Ibovespa dependerá do fluxo estrangeiro e do desempenho das commodities. Mesmo com o alívio inicial, investidores permanecem atentos aos desdobramentos fiscais e ao humor global.