Mercado reage à aversão ao risco no exterior e à expectativa pela decisão da taxa Selic nesta quarta-feira
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O dólar iniciou a terça-feira (4) em alta, refletindo o aumento da cautela nos mercados internacionais e a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Por volta das 10h20, a moeda norte-americana subia 0,68%, cotada a R$ 5,3939, enquanto o Ibovespa caía 0,20%, aos 150.154 pontos, após atingir um marco histórico na véspera. Na segunda-feira (3), o principal índice da bolsa brasileira havia encerrado com alta de 0,61%, aos 150.454 pontos, e o dólar havia recuado 0,42%, negociado a R$ 5,3574, segundo dados do G1.
O movimento de correção no início da semana reflete a combinação de fatores domésticos e externos. No Brasil, os investidores aguardam o desfecho da reunião do Copom, que começou hoje e será concluída nesta quarta-feira (5). A expectativa majoritária do mercado é de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, diante do cenário de inflação controlada, mas ainda pressionada por serviços e câmbio.
Copom e incerteza internacional ditam o tom
Durante o dia, o Banco Central deve acompanhar apresentações técnicas sobre inflação, emprego e atividade, enquanto o mercado ajusta apostas futuras para o ciclo de juros. No exterior, a paralisação do governo dos Estados Unidos, que entra no segundo mês, segue afetando a divulgação de dados oficiais — como o relatório de empregos e os índices de preços ao consumidor e ao produtor — e mantém a volatilidade elevada.
A ausência desses indicadores aumenta a incerteza sobre o próximo passo da política monetária norte-americana. Com isso, o dólar global se fortalece e pressiona as moedas emergentes. Além disso, declarações recentes de executivos de grandes bancos americanos alertando para a possibilidade de correção nas bolsas de Nova York reforçam o movimento de aversão ao risco observado nas primeiras horas do pregão.
Dados da indústria e reflexos locais
No cenário interno, o IBGE divulgou nesta manhã a produção industrial de setembro, que mostrou queda de 0,4% na comparação mensal e alta de 2% em relação ao mesmo período de 2024, acumulando 1,5% em 12 meses. Os números, em linha com as expectativas, reforçam a leitura de desaceleração gradual da atividade e podem influenciar o tom do comunicado do Copom.
Com o investidor em modo defensivo, o mercado doméstico tende a acompanhar a agenda internacional, mantendo a volatilidade até o anúncio oficial do Banco Central. A expectativa é de que o Copom adote um discurso neutro, reforçando o compromisso com a estabilidade de preços e a credibilidade da política monetária.









