CEO alerta que impostos dos EUA podem afetar entregas e margens de lucro no setor aeronáutico
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A Embraer pode enfrentar atrasos e cancelamentos de pedidos caso as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros se mantenham. O alerta foi feito pelo CEO da companhia durante entrevista à Bloomberg Línea, que destacou o impacto direto das medidas sobre custos de produção e margens operacionais.
Segundo o executivo, os impostos adicionais aumentam o custo final das aeronaves e reduzem a competitividade internacional da fabricante. Além disso, os contratos de exportação podem ser reavaliados por clientes estrangeiros, especialmente em um cenário de incerteza comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Efeitos nas entregas e nos contratos
A empresa ainda avalia o tamanho do impacto, mas admite que ajustes nos cronogramas de entrega já estão em análise. De acordo com a Bloomberg Línea, o volume de encomendas internacionais deve sofrer leve desaceleração nos próximos trimestres, embora a carteira de pedidos continue sólida.
O CEO afirmou que a Embraer seguirá negociando condições diferenciadas com parceiros norte-americanos e buscando apoio do governo brasileiro para mitigar os efeitos das tarifas. Por outro lado, a empresa também aposta em novos contratos na Ásia e na Europa para compensar parte das perdas potenciais.
Setor aeroespacial em alerta
As declarações do executivo reforçam o clima de cautela no setor aeronáutico. Tarifas mais altas elevam os custos de insumos e pressionam fornecedores, o que pode gerar efeito em cadeia sobre toda a indústria brasileira de aviação. Além disso, analistas observam que o ambiente global de competição — dominado por Boeing e Airbus — deixa pouco espaço para erros estratégicos.
Mesmo assim, a Embraer mantém expectativa positiva de médio prazo. A companhia aposta na demanda crescente por jatos regionais e elétricos, área em que tem projetos avançados, e vê oportunidades em novos mercados menos afetados por barreiras tarifárias.
O que acompanhar
- O próximo balanço trimestral da Embraer, previsto para novembro.
- A evolução das tarifas e possíveis respostas do governo brasileiro.
- Os movimentos de concorrentes internacionais no mesmo segmento.
- A reação dos investidores na B3 e nos ADRs negociados em Nova York.
O alerta da Embraer mostra como o comércio internacional ainda é vulnerável a decisões políticas. Por isso, o desafio da empresa será equilibrar eficiência produtiva e diplomacia comercial para manter o ritmo de crescimento num cenário global incerto.









