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quinta-feira, outubro 9, 2025
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ETF do Brasil tem maior entrada em cinco anos após encontro entre Lula e Trump

Investidores estrangeiros injetam US$ 285 milhões e elevam otimismo com o país

O ETF iShares MSCI Brazil (EWZ), principal fundo que replica o mercado brasileiro no exterior, registrou a maior captação em cinco anos, com US$ 285 milhões (R$ 1,5 bilhão) em aportes na última semana. O movimento ocorreu após o encontro entre Lula e Donald Trump, que reduziu a tensão comercial entre os dois países, segundo o InfoMoney.

Encontro político melhora o humor dos investidores

O diálogo entre Lula e Trump reacendeu a expectativa de reaproximação diplomática e econômica entre Brasil e Estados Unidos. Analistas interpretam o gesto como um sinal de pragmatismo, capaz de destravar negociações comerciais e amenizar o impacto de tarifas impostas por Washington.
De acordo com o InfoMoney, o economista Brendan McKenna, do Wells Fargo, afirmou que o movimento reflete “confiança gradual dos estrangeiros, estimulada por sinais políticos construtivos”. Ele ressalta, no entanto, que o ritmo ainda é cauteloso, já que o cenário global segue incerto.

ETF supera pares de emergentes e atrai novos aportes

Com o fluxo recente, o EWZ acumula alta de 34% em 2025, superando o índice MSCI Emerging Markets, que avança 27% no mesmo período, conforme dados compilados pela Bloomberg. Esse desempenho destaca o otimismo com o Brasil, especialmente diante da melhora na balança comercial e da estabilidade fiscal.
Ao mesmo tempo, gestores alertam que essa valorização carrega riscos. Por ser um fundo concentrado em commodities e bancos, o ETF tende a oscilar mais em momentos de correção global. Caso a política monetária dos EUA se torne menos expansionista, parte dos ganhos pode ser revertida rapidamente.

Impactos diretos sobre o mercado local

A entrada de capital estrangeiro favorece a liquidez da B3 e impulsiona setores ligados ao comércio exterior. A valorização do real frente ao dólar e a expectativa de juros mais baixos também estimulam aportes em ações brasileiras.
Contudo, especialistas ouvidos pela Reuters alertam que o fluxo ainda é pontual, e depende da manutenção do diálogo político e da previsibilidade fiscal do governo.

O que acompanhar nas próximas semanas

Os investidores devem observar a continuidade dos aportes e possíveis novos sinais de cooperação bilateral. Se o clima positivo persistir, o Brasil pode consolidar-se como um dos destinos mais procurados entre os emergentes no último trimestre do ano.
Por outro lado, ruídos fiscais ou novos atritos diplomáticos podem esfriar o entusiasmo rapidamente. Ainda assim, o volume expressivo desta semana mostra que o país voltou ao radar global, num momento em que o mercado busca combinar retorno e estabilidade política.

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