Proposta provoca debates sobre política, tradição e instituições monetárias
Os Estados Unidos apresentaram um projeto de nota de US$ 1 com o rosto de Donald Trump, como parte das celebrações dos 250 anos da independência, informou o G1. A ideia gerou reações intensas por mexer com símbolos nacionais e o sistema de autoridade monetária.
Símbolo político ou institucional?
Mudar a face da nota de US$ 1 — até hoje com George Washington — tem forte carga simbólica. A iniciativa foi proposta por legisladores da ala pró-Trump no Congresso. Contudo, especialistas apontam que, como projeto de lei, ainda dependerá de aprovação em comissões e sanção presidencial.
Além disso, instituições como o Federal Reserve e o Departamento do Tesouro têm papel técnico, e podem questionar o método e prerrogativa para alteração.
Críticas à concentração de poder
Críticos afirmam que a mudança da nota fere tradição, politiza moeda e contribui para espetacularização partidária. O projeto foi classificado como reflexo de uma estratégia de construção simbólica do legado de Trump, segundo análises na Vox e no Washington Post.
Por outro lado, apoiadores veem como justa homenagem e correção de representatividade — especialmente depois de Trump já ter sido presidente. Essa dualidade aprofunda divisões políticas nos EUA.
Implicações simbólicas e econômicas
Se aprovada, a mudança não terá impacto monetário direto (cédulas anteriores continuarão válidas). No entanto, o debate reacende a discussão sobre quem merece representar a nação em símbolos públicos.
A proposta também testa os limites entre poder político e autoridade institucional, ao colocar em xeque tradição e estabilidade simbólica ao sabor de ideologias.