O desemprego no Brasil continua em níveis historicamente baixos, mesmo diante de turbulências econômicas e desaceleração global. Segundo dados recentes e projeções de analistas, o país vive um momento favorável no emprego — e isso interfere diretamente no bolso dos brasileiros.
Números recentes confirmam: desemprego bate recorde de baixa
De acordo com levantamento divulgado pela XP Investimentos, a taxa de desocupação deverá encerrar 2025 em cerca de 5,9% e chegar a 6,3% em 2026 (com ajuste sazonal) — indicador bem abaixo da média histórica.
E os dados oficiais não deixam dúvidas: segundo a IBGE, no trimestre móvel encerrado em outubro de 2025 o desemprego chegou a 5,4%, menor índice desde o início da série histórica em 2012.
Além disso, no 3º trimestre de 2025, a taxa se manteve em 5,6%, repetindo o menor patamar já observado, com população empregada em seu recorde histórico.
O que explica esse mercado de emprego tão aquecido?
Setores como agricultura, construção civil e serviços registram aumento de contratações, o que sustenta o nível elevado de ocupação.
O número de trabalhadores com carteira assinada bate recorde, reforçando a formalização e estabilidade no emprego.
Salários reais em alta e redução da subutilização
Com o desemprego baixo, há maior pressão por mão de obra, o que vem elevando os salários médios — e isso melhora o poder de compra da população.
A taxa de subutilização, que mede subemprego e desocupação, chegou a níveis historicamente baixos, o que aponta melhorias na qualidade do trabalho disponível.
Estrutura econômica e políticas de estímulo à formalização
Especialistas da XP apontam que, mesmo com desaceleração do PIB, a base do emprego formal se mantém sólida, sustentando o mercado de trabalho.
O que esse quadro significa para quem busca emprego ou renda?
- Para quem procura trabalho: as chances de conseguir um emprego formal e relativamente bem remunerado aumentaram — com carteira assinada e direitos garantidos.
- Para famílias e consumidores: renda mais estável e consumo favorecem o orçamento doméstico, e podem impulsionar o varejo e economia local.
- Para quem empreende ou investe: maior consumo interno e demanda por serviços e bens abrem oportunidades — mas com expectativa de juros ainda elevados, é preciso cautela.
- Para quem pensa em longo prazo: apesar dos bons números, é importante considerar variáveis como informalidade, desalinhamentos de área e possíveis ciclos econômicos.
Limites e riscos que merecem atenção
Apesar da forte melhora, nem tudo é motivo para euforia:
- A taxa de informalidade continua elevada: muitos trabalhadores estão fora da carteira assinada, o que impacta ganhos e proteção social.
- A desaceleração econômica global e aumenta de juros podem reduzir investimentos e, consequentemente, demandar menos mão de obra.
- Concentração de emprego em setores instáveis ou sensíveis a crises (construção, serviços, agricultura) pode tornar o mercado vulnerável a choques.
Conclusão: oportunidade real — mas com pé no chão
O mercado de trabalho brasileiro vive um momento raro: desemprego em mínimas históricas, formalização em alta e salário real crescendo. Isso dá fôlego para muitas famílias e amplia o consumo.
Mas, para garantir estabilidade, é essencial manter a diversificação de renda, avaliar bem oportunidades e não depender apenas de dados favoráveis. Acompanhar o mercado e planejar com inteligência continua sendo fundamental.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
Por que o desemprego no Brasil está tão baixo em 2025?
Porque há forte geração de empregos formais em diversos setores, aumento de carteira assinada e contração da população desempregada pela PNAD Contínua do IBGE.
Isso significa que todo mundo consegue emprego fácil?
Não necessariamente. Apesar dos números globais positivos, ainda há informalidade e desigualdades regionais — nem todos têm acesso a empregos bem remunerados.
Salário médio aumentou de verdade?
Sim. O rendimento médio real do trabalhador formal registrou alta, refletindo valorização da mão de obra com o mercado apertado.
O desemprego pode voltar a subir?
Sim. Fatores como desaceleração econômica, juros altos, crises setoriais ou global podem pressionar o mercado de trabalho.
Vale mais buscar emprego formal ou investir em qualificação/polivalência?
Buscar emprego formal oferece segurança, mas investir em qualificação e diversificação de renda amplia suas chances num mercado volátil.
O que significa “subutilização”?
É a soma de desempregados, pessoas subocupadas (que trabalham menos horas do que gostariam) e aquelas que desistiram de procurar emprego — e ela também está em queda no país.









