As famílias brasileiras estão mais endividadas em 2025, e a inadimplência segue avançando, segundo análise divulgada pela Universidade de São Paulo em reportagem da Rádio USP. O cenário preocupa porque combina salários pressionados, crédito caro e custo de vida elevado, formando uma equação difícil de sustentar.
O resultado aparece no dia a dia: mais contas atrasadas, renegociações frequentes e famílias vivendo no limite do orçamento.
Por que as dívidas das famílias não param de crescer?
Primeiramente, a renda não acompanha o aumento das despesas. Mesmo com emprego mais aquecido em alguns períodos, os salários reais seguem comprimidos.
Além disso, o crédito ficou mais caro. Juros altos elevam o custo do cartão, do cheque especial e dos empréstimos pessoais. Quando a renda não fecha, a dívida vira solução imediata.
Portanto, o endividamento cresce por necessidade, não por consumo excessivo planejado.
Cartão de crédito e empréstimos são os grandes vilões
Segundo especialistas ouvidos pela USP, os principais responsáveis pelo avanço da inadimplência são:
- Cartão de crédito, com juros elevados
- Empréstimos pessoais, usados para cobrir despesas básicas
- Parcelamentos longos, que comprometem renda futura
Esses instrumentos aliviam o curto prazo, mas estrangulam o orçamento no médio prazo.
Ou seja, o problema se retroalimenta.
Inadimplência avança e vira risco estrutural
O aumento da inadimplência não afeta apenas quem deve. Ele pressiona todo o sistema econômico.
Quando mais famílias atrasam pagamentos:
- Bancos endurecem o crédito
- Juros sobem ainda mais
- O consumo desacelera
Assim, cria-se um ciclo negativo difícil de quebrar.
Salário baixo e custo de vida explicam o aperto
A combinação apontada pela Rádio USP é clara: salário baixo + inflação acumulada + serviços caros.
Gastos essenciais, como:
- Alimentação
- Energia
- Aluguel
- Transporte
consomem parcela cada vez maior da renda. Sobra pouco para imprevistos.
Portanto, qualquer choque vira dívida.
Educação financeira ajuda, mas não resolve sozinha
Especialistas destacam que educação financeira é importante, mas não suficiente. Planejamento ajuda a reduzir danos, porém não compensa juros abusivos e renda insuficiente.
Ainda assim, atitudes como controle de gastos, renegociação e priorização de dívidas mais caras podem evitar o colapso financeiro familiar.
O que as famílias podem fazer agora?
Mesmo em cenário difícil, algumas medidas ajudam:
- Evitar novas dívidas no cartão
- Renegociar juros sempre que possível
- Centralizar pagamentos em uma dívida mais barata
- Cortar gastos variáveis temporariamente
Não resolve tudo, mas reduz o ritmo do endividamento.
Risco para 2026 preocupa economistas
Se o cenário persistir, o endividamento elevado pode limitar o crescimento econômico em 2026. Famílias endividadas consomem menos e investem menos.
Assim, o problema deixa de ser individual e vira questão macroeconômica.
Conclusão: alerta vermelho no orçamento das famílias
O avanço das dívidas e da inadimplência em 2025 mostra que o orçamento das famílias brasileiras entrou em zona crítica. Sem alívio nos juros ou ganho real de renda, o risco de agravamento segue alto.
Quer entender como proteger seu dinheiro, fugir dos juros e organizar seu orçamento em tempos difíceis?
Continue lendo o Brasilvest e fique sempre bem informado.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Por que as famílias estão mais endividadas?
Por renda baixa, custo de vida alto e crédito caro.
Qual dívida mais pesa hoje?
O cartão de crédito é o principal vilão.
A inadimplência afeta a economia?
Sim. Reduz consumo e endurece o crédito.
Educação financeira resolve o problema?
Ajuda, mas não elimina juros altos e renda insuficiente.
O cenário pode piorar?
Sim, se não houver alívio nos juros ou aumento real da renda.









