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terça-feira, novembro 25, 2025
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Fed surpreende ao sinalizar corte em dezembro e dúvida para janeiro

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A fala de Christopher Waller, diretor do Federal Reserve, caiu como uma bomba no mercado nesta segunda-feira. Ele deixou claro que um novo corte de juros em dezembro parece “oportuno”, mas já avisou que janeiro pode virar um grande ponto de interrogação. E isso, claro, mexe com bolsas, dólar, renda fixa e expectativas globais — inclusive no Brasil.

Nos bastidores, o que está em jogo é um mercado de trabalho que permanece fraco, dados oficiais atrasados e um cenário econômico que pode virar na virada do ano. Vamos entender tudo isso de forma clara e sem enrolação.

Por que Waller vê dezembro como um mês ideal para cortar juros?

Waller explicou que os dados mais recentes — vindo principalmente de fornecedores privados — mostram que o emprego nos EUA segue enfraquecido, sem sinais de recuperação. Para ele, isso abre espaço para mais um corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Fed marcada para 9 e 10 de dezembro.

Como os relatórios oficiais foram atrasados pela paralisação de 43 dias no governo dos EUA, o Fed está trabalhando parcialmente no escuro. Mesmo assim, Waller afirmou que nada material mudou desde a última reunião: o mercado de trabalho continua frágil e a inflação segue perdendo força.

Por isso, segundo ele, cortar agora faz sentido.

Mas por que janeiro virou um grande ponto de dúvida?

A partir de janeiro, o Fed terá finalmente em mãos uma enxurrada de dados represados, incluindo emprego e inflação de outubro, novembro e dezembro. E tudo pode mudar — para melhor ou pior.

Segundo Waller:

  • Se os dados mantiverem o cenário atual, um novo corte em janeiro é possível.
  • Mas se houver qualquer surpresa negativa — como inflação reacelerando ou emprego se fortalecendo rapidamente — o Fed pode colocar o pé no freio.

A mensagem é clara: dezembro está praticamente encaminhado, mas janeiro vai depender de números muito sensíveis.

Por que o Fed está tão dividido sobre os próximos passos?

Apesar das falas recentes que aumentaram a aposta do mercado em mais um corte, o Fed não está alinhado internamente. Parte dos dirigentes teme que a inflação ainda esteja mais resistente do que parece. Outros temem que o desemprego continue subindo — o que Waller classificou como o maior risco no momento.

Diante da falta de dados oficiais, o banco central tem se apoiado em:

  • Informações de consultorias privadas
  • Relatos de empresas e famílias pelo país
  • Insights do Livro Bege, que sai duas semanas antes de cada reunião

E até agora, tudo aponta para uma economia ainda enfraquecida, não aquecida.

O que o mercado vai observar até janeiro?

Os próximos dados oficiais de novembro só chegam após a reunião de dezembro. Por isso, as atenções se voltam para:

  • Tendências de inflação
  • Ritmo de contratações
  • Taxa de desemprego
  • Novas projeções econômicas que o Fed publicará em janeiro

Hoje, segundo o CME FedWatch, os investidores apostam de dois a três cortes de juros ao longo do próximo ano. Mas Waller deixou subentendido que tudo pode mudar rapidamente.

O que esperar da reunião de janeiro do Fed?

Waller sugeriu que, a partir do início do ano, o Fed pode voltar a tomar decisões reunião a reunião, sem trajetória definida.

Ele mesmo resumiu:

“Ainda não acho que o mercado de trabalho vá se recuperar nas próximas seis ou oito semanas.”

Ou seja, embora as dúvidas existam, a tendência ainda favorece um cenário mais dovish, desde que nenhum dado importante surpreenda negativamente.

Conclusão: o que isso significa para quem investe?

A declaração de Waller reforça que dezembro deve trazer novo corte, mas janeiro será decisivo para entender a direção do Fed em 2025. Para os mercados globais, isso significa mais volatilidade, mais cautela e movimentos rápidos conforme cada novo dado for divulgado.

Se você acompanha juros, dólar, bolsas e renda fixa, prepare-se: os próximos meses serão intensos.

E para continuar por dentro de tudo que mexe com o mercado, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O Fed deve cortar juros em dezembro?

Sim. Segundo Waller, os dados atuais apontam para um cenário que justifica um novo corte de 0,25 ponto percentual.

Por que janeiro é mais incerto?

Porque o Fed receberá uma grande quantidade de dados atrasados, que podem confirmar ou mudar completamente o cenário atual.

O mercado de trabalho dos EUA está fraco mesmo?

Sim. Waller disse que não há sinais de melhora e que a fraqueza do emprego continua sendo um ponto central para novos cortes.

A inflação ainda preocupa o Fed?

Preocupa, mas menos que antes. Porém, se os dados mostrarem reaceleração, isso pode travar cortes futuros.

Quantos cortes o mercado espera para 2025?

Atualmente, as projeções apontam para dois a três cortes, conforme dados do CME FedWatch.

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