Mesmo com um cenário ainda cauteloso para ofertas iniciais de ações, o mercado de IPOs no Brasil está longe de estar parado. Um dado revelado pela B3 (B3SA3) mostra que 54 empresas já estão prontas para abrir capital, apenas aguardando o momento certo para apertar o botão.
O número chama atenção porque indica que existe uma demanda reprimida enorme, que pode ganhar tração assim que a janela de mercado voltar a ficar mais favorável. E o potencial vai muito além dessas companhias já organizadas.
Quantas empresas já estão prontas para fazer IPO?
Segundo a B3, 54 companhias já possuem registro categoria A na CVM, com documentação preparada para realizar uma oferta inicial de ações. Na prática, isso significa que essas empresas já fizeram o dever de casa, mas optaram por esperar condições melhores de mercado.
Ter o registro ativo não obriga a empresa a abrir capital imediatamente, mas permite agir rápido quando o cenário melhora — algo estratégico em um mercado volátil.
Por que essas empresas ainda não abriram capital?
A principal razão é a janela de IPOs fechada ou pouco atrativa nos últimos anos. Juros elevados, maior aversão a risco e incertezas fiscais fizeram muitas companhias adiarem seus planos.
Mesmo assim, o fato de tantas empresas estarem prontas mostra confiança de longo prazo no mercado de capitais brasileiro.
Quantas empresas ainda podem chegar à Bolsa?
Aqui está o dado que realmente impressiona. Além das 54 já preparadas, a B3 estima que existam:
- Cerca de 1.000 empresas com faturamento acima de R$ 500 milhões, com potencial real de listagem
- 3,5 mil companhias no Brasil faturando mais de R$ 500 milhões e ainda em crescimento
- 121 mil empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões também em fase de expansão
Ou seja, o pipeline de IPOs é gigantesco, mesmo que apenas uma fração dessas empresas chegue à Bolsa nos próximos anos.
Por que as empresas querem abrir capital?
A abertura de capital vai muito além de levantar dinheiro. Entre os principais benefícios citados pela B3 estão:
- Financiamento de projetos de investimento
- Facilitação de fusões e aquisições (M&A)
- Liquidez patrimonial para sócios e investidores
- Possibilidade de desinvestimento de fundos estratégicos
Para muitas empresas, o IPO é um passo natural de amadurecimento do negócio.
O que a B3 está fazendo enquanto a janela não reabre?
A B3 vem ajustando sua estratégia para não perder competitividade. Um dos destaques é o Regime Fácil, criado para simplificar regras e reduzir custos de listagem para empresas com faturamento de até R$ 500 milhões.
A ideia é tornar o mercado de capitais mais acessível, especialmente para companhias médias que antes viam o IPO como algo distante ou caro demais.
O que esperar do mercado de IPOs em 2026?
Se o cenário macroeconômico colaborar, 2026 pode marcar uma retomada relevante das ofertas iniciais no Brasil. Com dezenas de empresas prontas e milhares no radar, o potencial de aquecimento é real.
Para o investidor, isso significa novas oportunidades, novos setores chegando à Bolsa e maior diversidade de ativos para montar carteira.
Para acompanhar de perto os movimentos da B3, dos IPOs e das empresas que podem chegar ao mercado, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
Quantas empresas já estão prontas para fazer IPO no Brasil?
Atualmente, 54 empresas já têm documentação organizada e registro na CVM.
O que é registro categoria A na CVM?
É o registro que permite à empresa acessar o mercado de capitais e fazer ofertas públicas.
Por que a maioria ainda não abriu capital?
Por causa do cenário desafiador, com juros altos e janela de IPOs pouco favorável.
Quantas empresas ainda podem abrir capital no futuro?
A B3 estima milhares de companhias com faturamento suficiente para listagem.
O que é o Regime Fácil da B3?
Um modelo que reduz custos e simplifica exigências para empresas menores abrirem capital.
