Mais de 1 milhão de aposentados e pensionistas foram prejudicados por descontos indevidos em benefícios
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O governo federal informou que já devolveu R$ 2,3 bilhões a aposentados e pensionistas vítimas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os ressarcimentos fazem parte de uma força-tarefa criada para reverter descontos indevidos em folhas de pagamento, cobrados por associações sem autorização dos beneficiários.
Segundo o InfoMoney, o esquema envolvia convênios fraudulentos firmados entre o INSS e entidades de classe. Essas parcerias permitiam que cobranças fossem incluídas automaticamente nos contracheques de aposentados, muitos deles idosos e de baixa renda. Por isso, o governo criou um comitê interministerial com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal para investigar os responsáveis e acelerar a devolução dos valores.
Como funcionava o esquema
De acordo com o Ministério da Previdência Social, associações usavam Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) para autorizar débitos mensais sem consentimento do beneficiário. Em muitos casos, as vítimas nunca haviam assinado qualquer contrato. Além disso, os descontos eram mascarados em descrições genéricas, dificultando a identificação da fraude.
Com o aumento das denúncias, o INSS suspendeu os convênios suspeitos e iniciou uma revisão individual de cada acordo. Também determinou que, daqui em diante, todo desconto precise de autorização expressa e digital do aposentado, o que deverá reduzir a chance de golpes semelhantes.
O que o aposentado deve fazer
A recomendação é simples: verifique o extrato do benefício todos os meses pelo aplicativo Meu INSS. Caso identifique descontos desconhecidos, é possível abrir uma contestação diretamente no sistema. Depois da análise, se o débito for considerado irregular, o ressarcimento ocorre em até 60 dias.
Além disso, advogados previdenciários alertam para cuidados com ligações suspeitas e propostas de associações não reconhecidas. Por outro lado, manter atenção aos extratos e à correspondência do INSS é uma maneira eficaz de prevenir novos prejuízos.
Próximos passos e impacto
O INSS prevê concluir a revisão completa dos convênios até o fim do ano. Conforme o InfoMoney, há possibilidade de o prejuízo total superar R$ 3 bilhões. Enquanto isso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) prepara ações civis contra as entidades envolvidas e seus dirigentes.
O caso reforça a importância de educação financeira e digital entre aposentados e pensionistas. Com pequenas medidas de controle, como revisar extratos e confirmar autorizações, o segurado evita fraudes e preserva a segurança de sua renda mensal.
Por fim, o episódio serve de alerta: a tecnologia facilita a gestão dos benefícios, mas também exige atenção redobrada com golpes digitais e descontos automáticos.








