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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Fusões no setor de energia ganham força com corrida por renováveis e petróleo

Empresas de energia elétrica e óleo & gás aceleram aquisições para diversificar portfólio e reduzir riscos.

As negociações de fusões e aquisições no setor de energia vêm crescendo no Brasil em 2025, em meio à necessidade de diversificação entre fontes renováveis e petróleo. Grandes grupos, como a Petrobras, companhias de energia elétrica listadas na B3 e players estrangeiros, têm intensificado movimentos de compra de ativos para ganhar escala e se proteger das oscilações de preços no mercado global.

De acordo com levantamento da KPMG citado pelo Valor Econômico, as operações de M&A em energia subiram 27% no primeiro semestre, frente ao mesmo período do ano passado. Esse avanço contrasta com a queda observada em outros setores, como tecnologia e varejo, que sentiram mais fortemente os efeitos da Selic elevada e da restrição de crédito.

A transição energética é um dos motores desse movimento. Reportagem da Reuters destacou que grupos estrangeiros, especialmente europeus, têm buscado oportunidades no Brasil para adquirir parques solares e eólicos, aproveitando o potencial de geração renovável. Ao mesmo tempo, petroleiras nacionais e internacionais avaliam ativos no pré-sal, diante da expectativa de que a demanda global por petróleo continue elevada por mais tempo do que se previa.

No mercado doméstico, empresas de energia elétrica vêm mirando aquisições para complementar portfólios. Segundo a Bloomberg, gigantes como Eletrobras e Neoenergia têm sondado ativos menores para acelerar expansão em renováveis. A lógica é que companhias muito expostas a hidrelétricas ou linhas de transmissão passem a buscar mais equilíbrio, investindo também em geração solar e eólica.

Especialistas ressaltam, no entanto, que esse movimento de consolidação traz riscos. Um relatório do BTG Pactual aponta que pagar caro por ativos no pico de valorização pode gerar pressão sobre margens no futuro. “O setor vive uma disputa intensa, e quem entrar em negócios sem disciplina financeira pode comprometer resultados de longo prazo”, avaliou o banco.

Para os investidores, a tendência é de valorização no médio prazo das companhias que conseguirem montar um portfólio equilibrado. Mas a recomendação é acompanhar de perto o endividamento e a capacidade de integração de novos ativos, já que a execução será determinante para separar vencedores de perdedores no novo ciclo.

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