8.6 C
Nova Iorque
19.8 C
São Paulo
quinta-feira, novembro 13, 2025
spot_img

Galípolo diz que BC seguirá guiado por dados e rejeita sinalização sobre juros

Presidente do BC reforça que política monetária continuará guiada por indicadores econômicos e rejeita interpretações sobre cortes de juros

Tempo estimado de leitura: 3 minutos
⬇️
Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (12) que a instituição não sinalizou qualquer movimento futuro em relação à taxa Selic, reforçando que as decisões continuarão dependentes dos dados econômicos. “Se por acaso você entendeu que alguma questão da nossa comunicação foi um sinal sobre o que o Banco Central pode vir a fazer no futuro, você entendeu errado”, disse Galípolo em entrevista coletiva, segundo o InfoMoney.

Política monetária segue com foco na meta de inflação

Durante a coletiva, Galípolo reforçou que o BC mantém o compromisso com a meta de inflação de 3%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O presidente destacou que o banco atua de forma independente e que eventuais apostas de mercado sobre cortes ou elevações de juros não interferem nas decisões do colegiado.

“Todo mundo pode fazer a aposta que quiser, mas a gente vai continuar dizendo e fazendo nossas reações de maneira bem clara: não há qualquer tergiversação sobre o que é o nosso mandato”, afirmou o presidente do BC.

Ele reiterou que a autoridade monetária “não pode brigar com os dados”, enfatizando que o ritmo de ajustes dependerá da evolução de variáveis como inflação, câmbio, atividade econômica e expectativas do mercado.

Riscos e leitura do cenário econômico

Galípolo reconheceu que a economia brasileira vive um momento de equilíbrio delicado: embora os preços e o câmbio estejam sob controle, há preocupação com a desancoragem das expectativas inflacionárias. Esse fator, segundo ele, exige vigilância e prudência na condução da política monetária.

De acordo com o InfoMoney, o presidente do BC também destacou que o cenário global impõe desafios adicionais, com os efeitos da política fiscal dos Estados Unidos e a volatilidade dos preços de commodities influenciando os mercados emergentes.

Reação do mercado financeiro

A fala de Galípolo foi recebida como um sinal de cautela pelo mercado, reforçando a percepção de que o Banco Central não pretende reduzir a Selic tão cedo. A taxa segue em 15% ao ano, patamar considerado restritivo, mas necessário para garantir a convergência da inflação à meta.

Investidores agora aguardam novos indicadores de inflação e atividade para recalibrar suas projeções. Segundo o InfoMoney, a mensagem principal da coletiva foi de continuidade e previsibilidade: o BC não pretende antecipar movimentos e seguirá dependente dos dados antes de qualquer decisão sobre juros.

Próximos passos

Os próximos indicadores de IPCA, emprego e câmbio devem orientar a análise do Comitê de Política Monetária (Copom) nas próximas semanas. Até lá, o BC deve manter o discurso técnico e reforçar a transparência sobre sua atuação.

Com essa postura, Galípolo busca consolidar uma imagem de credibilidade e estabilidade institucional, reafirmando que a política monetária brasileira continuará sendo definida com base em evidências, e não em pressões externas ou políticas.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.