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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Galípolo diz que Banco Central está “incomodado” com inflação e reforça política monetária restritiva

Diretor do BC afirma que instituição manterá foco na convergência dos preços e na credibilidade da meta de 3%

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (23) que a autoridade monetária está “bastante incomodada” com a inflação acima da meta. Ele destacou que o BC manterá uma política restritiva enquanto for necessário para garantir estabilidade. As declarações foram dadas em um evento do setor financeiro e divulgadas pelo G1.

BC manterá cautela diante de cenário incerto

Segundo Galípolo, a inflação corrente e as projeções para 2026 ainda exigem vigilância. Dessa forma, o Copom seguirá atuando com prudência para garantir a convergência da inflação à meta de 3%. Ele reforçou que o Banco Central continuará comprometido com a ancoragem das expectativas e com a credibilidade da política monetária.

“O BC permanece focado em proteger a confiança do sistema e reduzir a inflação de forma consistente”, disse Galípolo. Além disso, ele ressaltou que o processo de desinflação é mais lento do que o esperado, o que exige paciência e clareza na comunicação.

Mercado reage e reduz apostas em cortes de juros

Após o discurso, os contratos de juros futuros com vencimento em 2026 subiram levemente. O movimento mostra que o mercado reduziu as apostas em cortes mais rápidos da Selic, conforme indicou o Valor Econômico.

Além disso, gestores avaliam que o discurso reforça o tom conservador da autoridade monetária. “O BC tenta afastar a ideia de que a política monetária está próxima de uma virada”, afirmou um analista ouvido pelo jornal. Portanto, a expectativa é de que o Copom siga com uma estratégia de pausa prolongada.

Inflação persistente e risco fiscal elevam incertezas

O cenário inflacionário segue pressionado, principalmente pelos preços administrados e pela incerteza em relação às contas públicas. Segundo o IBGE, o IPCA acumulado em 12 meses até setembro atingiu 4,4%, superando o centro da meta.

Enquanto isso, o governo enfrenta o desafio de fechar o déficit de R$ 35 bilhões previsto no Orçamento de 2026. Essa combinação de pressão inflacionária e fragilidade fiscal mantém o mercado atento às falas de membros do BC e à reação da política econômica.

Independência e credibilidade seguem como prioridades

Galípolo também defendeu a independência do Banco Central, reforçando que a previsibilidade da política monetária é essencial para manter a confiança do investidor. “Quando há coerência entre discurso e ação, a credibilidade se consolida e os custos de controle da inflação diminuem”, afirmou o diretor, segundo o G1.

Além disso, ele destacou que preservar a autonomia da instituição é crucial para atrair investimentos e reduzir a volatilidade. Ainda assim, reconheceu que o desafio de equilibrar crescimento e estabilidade de preços permanece grande.

Expectativa para a próxima reunião do Copom

Com a inflação resistente e as incertezas fiscais, analistas esperam que o Copom mantenha a Selic em 10,75% ao ano na próxima reunião. No entanto, o discurso de Galípolo sugere que o BC pode prolongar a pausa antes de retomar cortes.

De acordo com a Reuters, o objetivo é preservar a autonomia técnica e garantir uma comunicação clara com o mercado. Além disso, a estratégia busca conter pressões políticas por juros menores.

Portanto, o tom do discurso indica que o Banco Central seguirá firme em sua política de contenção da inflação, priorizando estabilidade, transparência e credibilidade.

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