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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deixou claro nesta segunda-feira que a inflação brasileira segue longe do ideal e que, por isso, os juros continuam altos de propósito. Segundo ele, ainda não há sinais suficientes de que o índice caminha com firmeza para a meta de 3%, o que mantém o BC em posição de cautela máxima.
Durante um evento da Febraban, em São Paulo, Galípolo reforçou que, apesar dos avanços recentes, o controle da inflação ainda exige ferramentas mais duras — e isso inclui manter a Selic em 15% ao ano por mais tempo.
Por que o BC ainda não baixou os juros?
Segundo Galípolo, o país vive um momento em que é preciso escolher entre duas pressões: convergir a inflação mais rápido ou evitar um custo econômico maior. O BC, por enquanto, está priorizando a primeira.
O presidente foi direto ao ponto:
“Gostaríamos que a inflação caísse mais rápido, mas isso tem custo. E ainda não estamos no nível que consideramos confortável.”
Essa avaliação explica por que a política monetária continua “restritiva”, termo usado para indicar juros altos — uma forma de esfriar a economia e reduzir pressões sobre preços.
Qual é o compromisso do BC daqui para frente?
Galípolo garantiu que o Banco Central fará “o que for necessário” para cumprir sua principal missão: entregar a inflação na meta.
Isso significa que a taxa de juros seguirá sendo usada sempre que houver risco de descontrole de preços. Para o presidente, a direção atual da política monetária é a correta para garantir estabilidade e evitar retrocessos.
No mercado financeiro, a expectativa é de que um ciclo de cortes só comece no próximo ano. O relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, estima que a Selic pode fechar 2026 em 12%, mas não prevê corte na última reunião de 2025, em dezembro.
O que Galípolo disse sobre estabilidade financeira?
O presidente do BC também abordou a recente turbulência envolvendo instituições financeiras. Sem citar nomes, ele afirmou que bancos são falíveis e que o Banco Central precisa aprender com crises antigas para evitar repetições.
A fala ocorre semanas depois da liquidação extrajudicial do banco Master, decisão tomada pelo próprio BC. Galípolo comentou que a instituição “seguiu o gabarito” ao conduzir o caso, reforçando que a estabilidade financeira continua sendo prioridade.
Conclusão: inflação segue no radar e juros devem continuar altos
A mensagem de Galípolo foi clara: não espere cortes imediatos na Selic. O Banco Central ainda não vê espaço para aliviar a política monetária e quer garantir que a inflação caminhe sem desvios rumo à meta. Até lá, o país seguirá convivendo com juros elevados e atenção redobrada ao cenário econômico.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que o BC mantém os juros altos?
Porque a inflação ainda não convergiu para a meta de 3% e o BC considera necessário manter a política restritiva.
Quando a Selic deve começar a cair?
O mercado acredita que somente em 2026 a taxa deve ficar em torno de 12%, sem cortes previstos para 2025.
A inflação está fora de controle?
Não, mas está caindo mais lentamente do que o esperado, o que preocupa o BC.
O BC continua comprometido com a meta de inflação?
Sim. Galípolo reforçou que o BC fará o necessário para cumprir esse mandato.
O que Galípolo quis dizer ao falar de bancos falíveis?
Que o sistema financeiro exige vigilância constante e que o BC precisa agir com rigor para evitar crises.
A decisão sobre o banco Master influencia a confiança no sistema?
Segundo Galípolo, o BC agiu de forma correta e técnica, preservando a estabilidade financeira.









