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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Gol aprova reestruturação e confirma saída da bolsa brasileira

Grupo controlado pela Abra Group avança em reorganização societária que encerrará listagem na B3 e simplificará estrutura de capital

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

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Os acionistas da Gol aprovaram em assembleia nesta terça-feira (4) a incorporação da própria companhia e da Gol Investment Brasil (GIB) pela Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA), operação que concretiza o plano de fechamento de capital no Brasil. A medida formaliza o fim da listagem de ações da Gol na B3, encerrando sua presença no Nível 2 de governança corporativa. A informação foi divulgada pelo portal InfoMoney.

Com isso, a GLA deixará de ser registrada como companhia aberta e não terá mais negociações de ações no mercado brasileiro. A GIB deverá também promover uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para adquirir as ações restantes, conforme os requisitos regulatórios previstos no estatuto e na resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Contudo, a nova assembleia de preferencialistas foi convocada para 13 de novembro por falta de quórum para definir o avaliador da OPA na reunião de hoje.

Motivações e contexto estratégico

A iniciativa faz parte da etapa final do reestruturação societária da empresa, iniciada após o encerramento do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A Gol, que vinha priorizando ajustes de custo, renegociação de dívidas e simplificação de acionistas, agora busca reduzir obrigações de governança para companhias abertas e concentrar controle pela Abra Group. Segundo comunicado anterior, a Gol já havia anunciado em outubro o plano de fechamento de capital no Brasil para “simplificar a estrutura operacional e reduzir custos”.

Ao concentrar operações na GLA, o grupo espera aumentar agilidade nas decisões estratégicas, especialmente em captação internacional e expansão da malha aérea. No entanto, a mudança acende alertas para os investidores no Brasil, que perdem acesso direto à empresa e poderão ter menor liquidez para venda de ações. Para a governança do mercado nacional isso representa uma saída relevante, especialmente em um momento de maior foco global em transparência e direitos de minoritários de companhias aéreas.

Impactos para o mercado e para os acionistas

Para os acionistas minoritários da Gol, a OPA representa momento decisivo. O laudo de avaliação será determinante para o preço que será pago pelas ações remanescentes. Se o valor for considerado justo ou favorável, pode haver adesão em massa. Caso contrário, pode surgir disputa jurídica ou reclamação de discriminação. Analistas apontam que o anúncio também pode impulsionar movimentos semelhantes em outras empresas brasileiras que avaliam fechamento de capital, sobretudo em setores de alta regulação ou com controle estrangeiro.

Além disso, a saída da bolsa pode impactar índices, liquidez e o perfil de risco das companhias aéreas brasileiras. Com menos empresas listadas, o mercado pode passar por menor escolha e maior concentração entre blue chips. Por outro lado, a Gol, agora fora do radar direto da B3, poderá capturar oportunidades internacionais com mais flexibilidade, mas provavelmente com menor visibilidade no Brasil.

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