3.8 C
Nova Iorque
17.1 C
São Paulo
quinta-feira, novembro 20, 2025
spot_img

Governo Lula repete a era Dilma e não pode fazer reformas estruturais, diz ex-presidente do BC

Nesta reportagem você lê a análise do ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, que afirma que o governo Lula repete passos da era Dilma. Ele diz que a gestão atual não tem condições políticas para promover reformas estruturais, aponta riscos fiscais, juros altos e crescimento do gasto social — e explica por que isso pode afetar sua vida financeira.

Você vê semelhanças entre os governos Lula e Dilma, diz ex-diretor do BC

Alexandre Schwartsman afirmou que o governo Lula vem repetindo padrões do segundo mandato de Dilma Rousseff: gastos sociais maiores, disputa eleitoral apertada e juros elevados. Para ele, a atual gestão não tem capital político para fazer o ajuste fiscal necessário, o que aumenta o risco de recessão. Esse quadro também é analisado por especialistas que apontam como os gastos do governo podem limitar a atuação do Banco Central (gastos do governo podem amarrar as mãos do BC) e pressionar decisões de política monetária.

Contexto e sinais imediatos

A taxa Selic está em 15% ao ano, o que encarece crédito e financiamento imobiliário. Ao mesmo tempo, o desemprego encontra-se em patamar historicamente baixo. Para Schwartsman, essa combinação indica uma economia sobreaquecida, justificando juros mais altos pelo Banco Central — órgão que, segundo análises, tende a manter foco em fundamentos mesmo com a proximidade das eleições (observar eleições, mas manter foco em fundamentos). Para consultar informações oficiais, veja as informações sobre Selic e Copom no site do Banco Central. A alta dos juros também repercute no crédito e no mercado imobiliário, conforme relações destacadas em reportagens sobre juros e mercado imobiliário (conexão entre gastos do governo e juros imobiliários).

Por que o ajuste fiscal é complicado

A combinação de maior gasto social e foco em reeleição reduz o espaço político para reformas. Com o aumento do endividamento, o mercado exige um prêmio de risco maior, elevando a taxa neutra e a necessidade de juros elevados para estabilizar a economia. A flexibilidade na meta fiscal aprovada este ano e outras decisões legislativas têm repercussões diretas nesse espaço, como discutido em análises sobre a meta fiscal de 2025 (o que o governo pode rever até dezembro) e a sanção que flexibilizou a meta lei que flexibiliza a meta fiscal de 2025). Pesquisas e avaliações técnicas também estão disponíveis no Ipea; consulte os estudos sobre gasto social e impacto fiscal para entender melhor os efeitos das políticas sociais sobre as contas públicas.

Quais reformas Schwartsman considera essenciais

Ele lista mudanças estruturais que, segundo ele, são necessárias para recuperar a sustentabilidade das contas públicas:

  • Reforma da Previdência: elevar idades mínimas e unificar regimes, incluindo militares. Para acompanhar a tramitação e os textos oficiais, consulte a tramitação e textos de reformas da Previdência na Câmara dos Deputados.
  • Revisão do BPC: alterar critérios de elegibilidade do Benefício de Prestação Continuada.
  • Limitar decisões judiciais que ampliam gastos públicos via sentenças individuais.
  • Ajustes no arcabouço fiscal e no teto de gastos, levando em conta desvinculação de receitas e despesas em saúde e educação.
  • Reforma administrativa e redesenho do gasto social para concentrar recursos nos mais vulneráveis — tema presente no debate sobre a reforma administrativa que avança no Congresso (reforma administrativa avança e divide o Congresso).

Sem essas medidas, Schwartsman avalia que a trajetória da dívida é insustentável e a Selic terá de permanecer alta.

Cenário para juros e câmbio

O Banco Central só reduzirá juros com sinais claros de desaceleração; Schwartsman prevê uma queda consistente apenas a partir do começo de 2026, o que provavelmente exigirá aumento do desemprego. Sobre o câmbio, parte da valorização recente do real decorre do enfraquecimento do dólar globalmente. No médio prazo, a percepção de risco doméstico — especialmente se a reeleição estiver fortemente provável — tende a pressionar o dólar para cima. Projeções do Tesouro e de institutos independentes mostram como a trajetória da dívida influencia esse risco, com previsões de dívida pública em torno de 82% do PIB em 2026; veja também as projeções oficiais sobre dívida e riscos no portal do Tesouro Nacional.

Conclusão

O diagnóstico de Alexandre Schwartsman aponta um triângulo de risco: gastos sociais elevados, falta de capital político e juros altos. Se nada mudar, a Selic permanecerá alta, o custo da dívida seguirá subindo e a pressão sobre o câmbio aumentará. Para evitar isso são necessárias reformas duras — previdência, revisão do BPC, reforma administrativa e limites a decisões judiciais que ampliam gastos — e um ajuste fiscal capaz de recuperar a confiança do mercado. Esse ajuste passa por mudanças no arcabouço e no manejo da meta fiscal, temas discutidos em matérias sobre o arcabouço fiscal e análises sobre o ajuste necessário para controlar a dívida. Acompanhe a análise completa em: https://www.seudinheiro.com/2025/economia/governo-lula-repete-os-passos-da-era-dilma-diz-ex-bc-alexandre-schwartsman-gestao-atual-nao-tem-condicao-de-fazer-reformas-estruturais-davs/.

Perguntas frequentes

Por que Schwartsman diz que o governo Lula repete a era Dilma?

Porque há sinais semelhantes: aumento de gastos sociais, cenário eleitoral apertado e pouco capital político para ajustes fiscais — fatores que também aparecem em debates sobre a [meta fiscal de 2025](revisão da meta fiscal).

O que impede o governo atual de fazer reformas estruturais?

A falta de apoio no Congresso e a prioridade em estímulos sociais que aquecem a economia reduzem a margem para mudanças impopulares, cenário agravado quando medidas legislativas relevantes não avançam ou são flexibilizadas.

Como isso impacta juros, inflação e emprego?

O gasto público adicional puxa demanda; se a inflação subir, o Banco Central eleva a Selic. O desemprego baixo mantém pressão salarial, dificultando o alívio dos juros — conexão explicada em textos sobre gastos do governo e pressões sobre juros e mercado imobiliário.

Quais reformas o ex-diretor do BC recomenda?

Reforma da Previdência (idade maior e unificação), revisão do BPC, reforma administrativa e limites a decisões judiciais que ampliam gastos — pautas que estão no centro do debate legislativo e técnico.

O que pode acontecer se nada mudar antes das eleições de 2026?

Há maior risco de recessão e de trajetória da dívida se tornar insustentável; juros podem subir e o dólar sofrer pressão se a reeleição for percebida como provável. Projeções de endividamento apontam para cenários que exigem ajuste, conforme estudos sobre projeções da dívida pública.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.