Varejista gaúcha acelera digitalização e desafia concorrentes nacionais em meio à recuperação do consumo
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O Grupo Herval, conglomerado varejista com origem no Rio Grande do Sul, traçou uma meta ambiciosa para os próximos anos: atingir R$ 2 bilhões em faturamento até 2026. A estratégia inclui ampliar o portfólio de marcas, reforçar a presença digital e expandir as operações para outras regiões do país, num movimento que o mercado interpreta como uma tentativa de entrar no mesmo território de concorrentes como Via, Magazine Luiza e Casas Bahia.
Estratégia de crescimento e diversificação
Com atuação nos segmentos de móveis, colchões, tecnologia e eletrodomésticos, o grupo aposta na integração entre lojas físicas e canais online. A empresa já possui mais de 400 pontos de venda e vem aumentando a oferta por meio do marketplace próprio e de parcerias com grandes plataformas digitais.
Segundo a reportagem da Exame, o foco agora é conquistar novos públicos fora da região Sul, com expansão para estados do Sudeste e do Centro-Oeste. Para isso, o grupo planeja abrir novas lojas e fortalecer o braço logístico, reduzindo prazos de entrega e custos de distribuição.
Aposta na digitalização e no varejo híbrido
A Herval aposta na digitalização do atendimento para acelerar a conversão de vendas. A empresa vem adotando ferramentas de inteligência artificial para personalizar recomendações de produtos e aperfeiçoar a experiência do cliente. O modelo de varejo híbrido, que combina loja física, e-commerce e canais de atendimento remoto, já representa uma parte relevante da receita.
O grupo também vem testando soluções de análise de dados para identificar tendências de consumo e ajustar o sortimento de produtos por região. De acordo com analistas do setor, essa estratégia é essencial num cenário de margens apertadas e concorrência acirrada.
Competição em um mercado desafiador
O movimento ocorre em um ambiente de forte competição, em que grandes players do varejo brasileiro enfrentam desafios de rentabilidade e redução de custos. Segundo a Exame, o Grupo Herval quer se diferenciar pela agilidade operacional e pelo atendimento personalizado, explorando nichos pouco atendidos pelas redes de maior porte.
Enquanto gigantes como Magazine Luiza e Casas Bahia trabalham em planos de reestruturação e redução de dívida, a varejista gaúcha aposta em um modelo mais enxuto e regionalizado, com controle próximo das operações e foco em rentabilidade.
Perspectivas e próximos passos
Com 64 anos de história, o Grupo Herval quer transformar o know-how regional em tração nacional. Além da expansão física e digital, o grupo também avalia novas aquisições para acelerar o crescimento e diversificar receitas.
O plano, contudo, exige atenção ao crédito e à demanda doméstica. Mesmo assim, o grupo acredita que o consumo tende a reagir gradualmente em 2025, impulsionado por juros mais baixos e inflação sob controle.
Se a meta for alcançada, a Herval pode entrar no grupo das maiores redes varejistas do país, disputando espaço em um mercado cada vez mais tecnológico e competitivo.









