A Inteligência Artificial (IA) já virou parte da rotina das pessoas — e dos mercados. Mas, quando o assunto é investimento, quase todo o dinheiro continua concentrado nas mesmas empresas: as big techs dos Estados Unidos. O problema? Muitas delas já estão nas máximas históricas, com pouco espaço para erro.
É justamente aí que surge uma nova tese ganhando força: empresas chinesas ligadas à IA, que ainda negociam com desconto relevante e carregam potencial de valorização, segundo analistas da Empiricus Research.
Big techs no topo e o dilema do investidor
As chamadas “7 Magníficas” — Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla — puxaram o S&P 500 e o Nasdaq para recordes históricos desde 2024.
Com ações tão esticadas, muitos investidores começam a se perguntar:
ainda dá tempo de ganhar dinheiro com IA ou o bonde já passou?
Para Enzo Pacheco, analista de ações internacionais da Empiricus, a resposta está fora do eixo tradicional EUA–Vale do Silício.
Por que olhar para a China quando o tema é IA?
Segundo o analista, o mercado chinês reúne algo raro hoje:
empresas fortes em IA, mas ainda mal precificadas.
Enquanto as big techs americanas negociam a múltiplos elevados, várias companhias chinesas ligadas à mesma tese ainda não refletem todo o seu potencial no preço das ações.
Além disso, o fluxo começa a mudar. Investidores globais já estão realocando parte do capital para essas teses fora dos EUA, buscando assimetria e retorno.
Alibaba entra no jogo da IA com força
A Alibaba (BABA34) vem acelerando pesado em computação em nuvem e Inteligência Artificial. Os números já se aproximam do desempenho de gigantes americanas, mas a avaliação de mercado ainda não acompanha essa evolução.
A empresa voltou a apresentar crescimento próximo de 30% na divisão de nuvem, patamar que historicamente foi destaque em empresas como Microsoft e Google.
Mesmo assim, a ação segue negociando com múltiplos bem abaixo das big techs dos EUA, o que chama a atenção de quem busca valor.
Baidu aposta em IA além das buscas
Já a Baidu (BIDU34), conhecida como o “Google chinês”, passou por desafios com a chegada de modelos de IA generativa, assim como aconteceu com o próprio Google.
Mas o cenário vem mudando. O uso do buscador se manteve relevante e, paralelamente, a empresa avançou em outras frentes estratégicas.
O destaque está na Inteligência Artificial aplicada a veículos autônomos, com operações que vão além da China, alcançando Japão e Europa.
Segundo o analista, o papel segue “amassado” — ou seja, preço abaixo do valor que os fundamentos sugerem.
O que torna essas ações atraentes agora?
Alibaba e Baidu começaram o ano próximas da casa dos US$ 100. Hoje, já avançaram, mas ainda sem sinal de euforia ou pressão vendedora relevante no curto prazo.
Isso reforça a tese de que:
- o mercado ainda não precificou totalmente o crescimento
- a assimetria segue favorável
- o risco está mais no noticiário do que nos fundamentos
Para quem busca exposição à IA fora das big techs americanas, essas empresas aparecem como alternativas estratégicas.
Para acompanhar mais teses globais, entender onde estão as oportunidades antes do consenso e investir com mais clareza, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que investir em IA fora dos EUA?
Porque muitas empresas americanas já estão caras, enquanto outros mercados ainda oferecem desconto.
Empresas chinesas de IA são arriscadas?
Todo investimento envolve risco, mas várias dessas empresas têm fundamentos sólidos e caixa robusto.
Alibaba ainda tem espaço para crescer?
Segundo analistas, sim, principalmente na divisão de nuvem e IA.
Baidu depende só do buscador?
Não. A empresa investe forte em IA, nuvem e veículos autônomos.
Essa tese é de curto ou longo prazo?
Principalmente de médio e longo prazo, aproveitando a reprecificação gradual.









