Investidores realizam lucros enquanto a moeda americana avança com cautela global
O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira (21) em queda de 0,27%, aos 144.116 pontos.
De acordo com o Money Times, a leve correção ocorreu após dias de ganhos e refletiu a realização de lucros, em meio à valorização global do dólar e ao clima de cautela nos mercados internacionais.
Dólar ganha força com cenário externo mais tenso
O dólar à vista avançou 0,37%, encerrando o pregão a R$ 5,40.
A moeda se fortaleceu diante da busca global por segurança, impulsionada pela alta dos rendimentos dos Treasuries americanos e pelas quedas nas bolsas da Europa e dos Estados Unidos.
Além disso, o movimento refletiu o aumento das incertezas em torno da política monetária do Federal Reserve, que ainda avalia o momento certo para reduzir juros.
Commodities e juros pressionam o índice
O setor de commodities voltou a pesar sobre o Ibovespa.
As ações da Vale (VALE3) recuaram, acompanhando a queda do minério de ferro na China.
A Petrobras (PETR4) também teve leve baixa, influenciada pela instabilidade nos preços do petróleo tipo Brent.
Enquanto isso, os juros futuros subiram em reação à preocupação fiscal, o que aumentou a pressão sobre as ações de empresas mais sensíveis ao crédito.
Cautela marca o comportamento dos investidores
Os investidores mantiveram postura defensiva, atentos à volatilidade internacional.
Segundo o Money Times, a aversão ao risco global limitou o apetite por ativos emergentes e reduziu o fluxo estrangeiro para a bolsa brasileira.
Além disso, os agentes do mercado seguem monitorando indicadores domésticos, como o Boletim Focus, que traz projeções atualizadas para inflação, PIB e juros.
Perspectivas para os próximos dias
O mercado deve reagir aos balanços corporativos de grandes companhias e às novas declarações do Banco Central sobre política monetária.
Se o ambiente internacional estabilizar, o Ibovespa pode recuperar parte das perdas recentes.
Por outro lado, a continuidade da valorização do dólar pode manter o câmbio pressionado, principalmente se o Federal Reserve adiar o início do ciclo de cortes de juros.








