Investidores reagem à incerteza sobre contas públicas e aguardam dados de inflação e juros nos EUA
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O Ibovespa abriu em leve queda nesta quinta-feira (23), acompanhando o movimento de cautela global e as preocupações fiscais internas. Por volta das 10h15, o principal índice da B3 recuava 0,18%, aos 144.612 pontos, após uma sequência de altas nas últimas sessões.
Enquanto isso, o dólar comercial subia 0,24%, cotado a R$ 5,409, refletindo a aversão ao risco e a busca por proteção cambial diante das incertezas no cenário fiscal e externo.
Foco nas contas públicas e na política monetária
De acordo com o G1, o mercado monitora as medidas do governo para equilibrar o Orçamento de 2026, que ainda prevê um déficit estimado em R$ 35 bilhões. Além disso, investidores avaliam o impacto das discussões sobre o arcabouço fiscal e a possível necessidade de cortes de gastos ou aumento de receitas.
No exterior, o foco segue nas expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos. Dados recentes de inflação e emprego poderão influenciar as próximas decisões do Federal Reserve (Fed), o que mantém os investidores em modo defensivo.
Destaques corporativos e desempenho setorial
Entre os papéis mais negociados, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) abriram com volatilidade, acompanhando as oscilações das commodities no mercado internacional. O barril do petróleo tipo Brent era negociado próximo de US$ 83, enquanto o minério de ferro operava estável em Dalian, na China.
Além disso, o setor financeiro também movimenta o pregão, com Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) operando próximos da estabilidade. No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) registraram quedas leves, pressionadas pelo dólar mais alto e pelas perspectivas de consumo ainda moderado.
Reação internacional e humor global
O cenário internacional segue misto. As bolsas da Ásia encerraram o dia em baixa, pressionadas pelas tensões comerciais entre EUA e China. Já os mercados europeus abriram próximos da estabilidade, aguardando a divulgação de novos dados de atividade e inflação na zona do euro, segundo a Reuters.
Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operavam próximos da linha de estabilidade, refletindo o equilíbrio entre resultados corporativos positivos e a cautela com a política monetária.
Perspectivas para o dia
Analistas esperam um pregão de movimentos moderados, com investidores atentos às declarações do Banco Central sobre a condução da taxa Selic. O mercado local também reage à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que pode reforçar apostas sobre o ritmo de cortes de juros.
Assim, o Ibovespa inicia o dia em compasso de espera, equilibrando fatores internos e externos. Já o dólar ganha força com o aumento da demanda por proteção, em um contexto de volatilidade e aversão ao risco.









