Mercado repercute expectativa de encontro entre Lula e Trump e incertezas sobre ajuste no Orçamento de 2026
O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (22) em alta de 0,55%, aos 144.873 pontos, impulsionado por ações ligadas a commodities e bancos. Já o dólar comercial subiu 0,13%, cotado a R$ 5,3969, refletindo o clima de cautela com o cenário político e fiscal.
Expectativas políticas e cenário internacional
Os investidores acompanharam as notícias sobre um possível encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, o que aumentou a percepção de instabilidade diplomática no curto prazo. Além disso, o mercado reagiu à preocupação com o déficit estimado em R$ 35 bilhões no Orçamento de 2026, tema que segue no centro das discussões econômicas do governo federal.
No exterior, a paralisação administrativa nos Estados Unidos também influenciou os negócios. Ainda assim, o otimismo com os resultados corporativos em Wall Street ajudou a sustentar o bom desempenho da bolsa brasileira.
Destaques da bolsa
Entre as maiores altas do dia, estiveram papéis da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3), que acompanharam a recuperação dos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional. As ações dos grandes bancos, como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), também contribuíram para o avanço do índice.
Contudo, setores mais sensíveis ao câmbio, como varejo e turismo, mostraram volatilidade diante da leve valorização do dólar.
Perspectivas para os próximos dias
Analistas ouvidos pelo G1 avaliam que o mercado deve seguir atento às movimentações do governo em torno das contas públicas e às sinalizações sobre política monetária. Enquanto isso, investidores estrangeiros continuam avaliando o impacto do cenário global sobre ativos emergentes.
Com isso, o Ibovespa acumula alta no mês, mas segue pressionado pela incerteza fiscal e pelas negociações políticas em Brasília. O dólar, por sua vez, mantém trajetória lateral, refletindo tanto o fluxo externo positivo quanto as preocupações domésticas.









