O Ibovespa encerrou a semana entre 17 e 21 de novembro de 2025 em queda, pressionado pelo avanço do dólar e pelo clima de incerteza internacional. Segundo o levantamento do Seu Dinheiro, o índice caiu 1,88%, fechando aos 154.770 pontos, enquanto o dólar acelerou e encostou nos R$ 5,40.
O que derrubou o Ibovespa na semana?
O mercado trabalhou em ritmo defensivo porque, ao longo da semana, os dados econômicos dos Estados Unidos frustraram expectativas de alívio monetário. O relatório de empregos — divulgado pela ADP — registrou 119 mil vagas criadas, número acima do previsto pelos analistas, o que reforçou o temor de que o Federal Reserve mantenha juros altos por mais tempo. Portanto, o cenário global ficou mais duro e afastou investidores de ativos de risco.
Além disso, o dólar subiu 1,97% na semana, fechando a R$ 5,4015. O movimento refletiu tanto a força global da moeda americana quanto a migração para posições mais conservadoras. Quando isso ocorre, o fluxo deixa mercados emergentes como o Brasil — e isso pressiona ainda mais a bolsa.
Mesmo com a queda, novembro segue positivo
Apesar da correção recente, o Ibovespa ainda acumula alta de 3,50% em novembro. Além disso, o índice soma 28,67% de valorização em 2025, o que mostra que a tendência estrutural segue favorável no longo prazo, mesmo que a semana tenha sido negativa.
Esse comportamento reforça que o investidor precisa observar o movimento amplo, e não apenas períodos curtos de volatilidade.
Maiores altas da semana no Ibovespa
Entre as ações que mais avançaram na semana, o destaque absoluto foi MBRF3 (Marfrig Brasil Foods), que disparou 32,46%. Diversos fatores contribuíram para o salto — incluindo fluxo comprador e acomodação após semanas anteriores de forte pressão.
Na sequência, apareceram companhias ligadas a commodities e energia, que foram beneficiadas pela movimentação internacional e pela correção de preços:
- PRIO3 avançou 6,30%;
- CSNA3 subiu 5,80%;
- PETR3 teve valorização de 3,30%.
Essas empresas surfaram um ambiente levemente mais favorável às exportadoras, impulsionadas pelo dólar alto.
Maiores quedas da semana no Ibovespa
Por outro lado, o destaque negativo foi HAPV3 (Hapvida), que despencou 39,73%. A empresa continua enfrentando forte desconfiança do mercado após reportar resultados fracos e apresentar desafios de rentabilidade — algo que já vinha sendo monitorado por analistas.
Além dela, outras empresas ligadas ao setor elétrico e consumo também recuaram, pressionadas pelo ambiente mais avesso ao risco:
- ELET3 caiu 12,60%;
- CMIN3 recuou 12,20%;
- CRFB3 perdeu 11,80%.
Essas quedas refletem a combinação de juros globais elevados, dólar forte e aversão ao mercado emergente.
O que os investidores devem observar agora?
O comportamento do Ibovespa nesta semana mostrou como a bolsa brasileira está sensível ao noticiário externo. Portanto, investidores devem acompanhar:
- sinalizações do Federal Reserve sobre juros;
- comportamento do dólar, que afeta fortemente exportadoras e importadoras;
- agenda de indicadores que influenciam o fluxo estrangeiro.
Além disso, é importante lembrar que quedas pontuais podem abrir oportunidades de compra, especialmente quando os fundamentos das empresas permanecem fortes — algo que analistas reforçam sempre em períodos de volatilidade.
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Perguntas frequentes (FAQ)
O que fez o Ibovespa cair entre 17 e 21 de novembro?
A queda de 1,88% ocorreu principalmente por causa do relatório de empregos dos EUA, que mostrou criação acima do esperado e elevou o temor de juros altos por mais tempo, além da disparada do dólar.
Quanto o dólar subiu na semana?
A moeda americana avançou 1,97%, encerrando cotada em R$ 5,4015, segundo o levantamento do Seu Dinheiro.
Qual foi a maior alta da semana?
A ação MBRF3 liderou com 32,46% de valorização, sendo o melhor desempenho semanal do Ibovespa.
Qual foi a maior queda da semana?
HAPV3 caiu 39,73%, refletindo forte pressão sobre o setor de saúde e preocupações sobre resultados recentes.
O Ibovespa ainda acumula alta no ano?
Sim. Mesmo com a correção, o índice sobe 28,67% em 2025 e 3,50% em novembro.
A queda indica mudança de tendência?
Não necessariamente. O movimento da semana foi influenciado principalmente pelo cenário internacional. O índice segue com tendência positiva no ano.









