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segunda-feira, dezembro 1, 2025
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Ibovespa sente pressão e devolve parte dos ganhos após recorde histórico

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Depois de fechar novembro com um rali impressionante, o Ibovespa passou essa segunda com um clima de correção natural. O índice da B3 chegou ao novo mês carregando o peso de sucessivas máximas, e agora enfrenta um ambiente mais desconfortável, tanto no Brasil quanto lá fora.

Mesmo com as commodities em alta, o mercado brasileiro opera mais travado, acompanhando o tom mais pesado das bolsas internacionais e o aumento das incertezas políticas e fiscais por aqui.

Vamos entender o que está por trás desse humor mais cauteloso.

Por que o Ibovespa iniciou dezembro em queda?

A Bolsa brasileira vem de um novembro extremamente positivo, com alta de 6,37%, o melhor desempenho desde 2024. Depois de um rally tão forte, o mercado naturalmente abre espaço para ajustes e realização de lucros.

Além disso, o cenário internacional começou a semana lento e mais defensivo, o que reforçou a cautela por aqui. Segundo analistas, a tensão entre Executivo e Legislativo adiciona mais volatilidade ao pregão, especialmente após críticas recentes envolvendo a indicação de Jorge Messias ao STF.

Esse atrito político aumenta o ruído fiscal e afasta parte dos investidores.

O que está pesando mais: Brasil ou EUA?

A resposta é: os dois.

Os investidores seguem atentos aos sinais sobre os próximos passos dos juros no Brasil e nos EUA. Hoje, os discursos de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, e de Jerome Powell, chefe do Federal Reserve, ganham destaque entre os agentes financeiros.

No entanto, Powell fala após o fechamento dos mercados, deixando qualquer reação mais forte para amanhã.

Para muitos analistas, o mercado vive uma espécie de “ressaca” após o pregão encurtado em Nova York na sexta-feira — consequência do feriado de Ação de Graças.

O que Galípolo disse e por que isso mexeu com os juros?

Após ter adotado um tom mais duro na semana passada, Galípolo afirmou que não fará ajustes adicionais em relação às suas falas anteriores. Mas isso não impediu o mercado de seguir sensível às suas sinalizações.

O presidente do BC destacou a lentidão da política monetária, o avanço do crédito e o peso de uma percepção fiscal mais estimulativa — fatores que elevaram as taxas futuras de juros recentemente.

Com juros mais altos, ações tendem a perder força. E o Ibovespa sente isso diretamente.

Como o cenário fiscal entra nessa equação?

Um novo elemento entrou no radar: o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comentou que a ampliação da faixa de isenção do IR deve injetar R$ 28 bilhões na economia.

Mais renda significa mais consumo, o que também pode significar mais inflação — uma preocupação constante do BC.

Por outro lado, a mudança da bandeira tarifária de energia, que passou de vermelha para amarela, traz um respiro inflacionário já esperado pelo mercado.

Quais indicadores podem mexer com o mercado nesta semana?

A agenda é carregada e promete mexer com o humor dos investidores. Entre os destaques:

  • PIB brasileiro
  • PCE, o índice de inflação mais acompanhado pelo Fed
  • Pesquisa ADP de emprego nos EUA
  • PMIs globais

Alguns desses dados já começam a ser divulgados hoje.

E o Boletim Focus? O que mudou?

O relatório desta segunda-feira trouxe alívio para a estimativa de inflação de 2025, que recuou de 4,45% para 4,43%. Já a inflação suavizada dos próximos 12 meses avançou ligeiramente, e a Selic esperada para 2028 caiu de 9,75% para 9,50%.

Para os anos anteriores, nada mudou.

Como estão as commodities e as principais ações da Bolsa?

No exterior, o petróleo perdeu força após forte alta ligada às decisões da Opep+. Comentários do presidente dos EUA sobre a Venezuela também trouxeram volatilidade ao setor.

Já o minério de ferro avançou 1,14%, sustentando parte do humor no mercado.

Por aqui:

  • Petrobras (PETR4 / PETR3) operava em leve queda
  • Vale (VALE3) avançava 0,22%, mas com ritmo menor
  • Grandes bancos recuavam até 0,85%

Na sexta-feira, o Ibovespa bateu recorde histórico ao fechar em 159.072 pontos, mas hoje recua para a faixa dos 158 mil pontos.

Conclusão: um dia de ajuste e expectativa

O mercado brasileiro digere uma combinação de fatores: política agitada, ruídos fiscais, incerteza sobre juros e um cenário global menos animado. Tudo isso forma uma sessão marcada por cautela e ajustes após fortes ganhos recentes.

Quer continuar acompanhando os movimentos do mercado e entender como eles impactam seus investimentos? Então continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que o Ibovespa cai mesmo com commodities em alta?

Porque fatores políticos e de expectativas sobre juros pesam mais no humor dos investidores do que o avanço das commodities.

As falas de Powell podem mudar o mercado amanhã?

Sim. Mesmo em período de silêncio, qualquer nuance sobre juros nos EUA pode mexer com os ativos globais.

O que significa realização de lucros no mercado?

É quando investidores vendem parte dos ativos após fortes altas, gerando quedas pontuais.

Por que a tensão entre Executivo e Legislativo afeta a Bolsa?

Ruídos políticos aumentam a percepção de risco e podem elevar prêmios exigidos pelos investidores.

Como a mudança de bandeira tarifária impacta a inflação?

A redução na conta de luz diminui a pressão sobre o índice geral de preços, trazendo algum alívio.

Quais setores mais sentem a oscilação dos juros?

Bancos, varejo, construção civil e tecnologia costumam ser os mais sensíveis às expectativas de política monetária.

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