Bolsa paulista fecha acima de 154 mil pontos pela primeira vez, sustentada por fluxo estrangeiro e otimismo com juros; moeda americana encerra em queda semanal
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O Ibovespa acumulou alta de 3,02% ao longo da semana, encerrando os pregões acima dos 154 mil pontos e marcando a maior sequência de ganhos desde 1994, segundo dados do Money Times. O rali histórico foi impulsionado por resultados corporativos sólidos, otimismo com o Copom e fluxo estrangeiro contínuo para ativos brasileiros.
Dólar em queda e Selic mantida em 15%
O dólar à vista encerrou a semana em queda de 0,83%, cotado a R$ 5,3357, acompanhando o movimento de valorização das moedas emergentes e o alívio nas taxas globais de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% ao ano, reforçando o compromisso com o controle da inflação e consolidando o ambiente de previsibilidade monetária — um fator que vem sustentando a confiança de investidores locais e internacionais.
Segundo o relatório do Money Times, a decisão foi bem recebida pelos mercados, que enxergam na estabilidade dos juros um elemento-chave para manter o câmbio sob controle e reduzir a volatilidade da bolsa. Apesar disso, o Banco Central destacou que as expectativas de inflação seguem desancoradas, o que indica que cortes de juros podem demorar a ocorrer.
Rali impulsionado por fluxo estrangeiro e balanços
O desempenho da B3 foi sustentado pelo fluxo positivo de capitais internacionais, atraídos por papéis de bancos, energia e commodities. Além disso, resultados corporativos acima das projeções reforçaram a percepção de resiliência das empresas brasileiras. O bom humor externo, com sinais de moderação da economia americana e expectativa de cortes futuros de juros pelo Federal Reserve, também contribuiu para o avanço do índice.
Perspectiva e cautela
Embora o momento seja positivo, analistas alertam para a necessidade de cautela: o ambiente global ainda apresenta riscos, como pressões fiscais internas e incertezas sobre a política monetária internacional. O alívio cambial pode ser temporário, e novos dados econômicos — especialmente os do IPCA e da inflação americana — devem ditar o ritmo dos próximos pregões.
Em resumo, o mercado brasileiro encerra a semana com sinais de confiança, sustentado por fundamentos sólidos e otimismo externo. No entanto, a volatilidade segue à espreita, exigindo atenção redobrada na gestão de riscos e na escolha de ativos.









