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segunda-feira, novembro 24, 2025
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Inadimplência em queda? Nova projeção surpreende e acende alerta

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A inadimplência no Brasil pode finalmente estar virando a chave. Depois de meses marcados por juros altos, orçamento apertado e forte pressão no bolso, novas projeções mostram que o pior momento do endividamento pode ter ficado para trás. Mas, antes de comemorar, especialistas alertam para um ponto crítico: os atrasos de curto prazo continuam crescendo — e isso pode mudar o jogo.

A seguir, entenda o que os dados revelam, por que o cenário parece melhorar e onde estão os riscos que ainda exigem atenção.

A inadimplência realmente começou a cair no Brasil?

Segundo estimativas de consumo do Ibevar e da FIA Business School, a inadimplência das pessoas físicas deve fechar novembro com média de 4,72%, dentro de um intervalo entre 4,44% e 5,01%. Até setembro, a taxa oficial divulgada pelo Banco Central (BC) estava em 4,77%, indicando um leve arrefecimento.

Os analistas afirmam que esse movimento aponta para um “patamar controlado e compatível com a trajetória recente do crédito”, reforçando que o pico pode já ter passado.

E o mais interessante: a tendência deve continuar.

Para dezembro, a projeção indica queda para 4,64%, e em janeiro a expectativa é de 4,77% — números estáveis, sem sustos.

Mas isso significa que a situação está resolvida? Ainda não.

Por que o crédito com recursos livres mostra melhora agora?

O crédito com recursos livres — aquele sem taxas regulamentadas e mais impactado pela economia e pelos juros — também começa a respirar. Para novembro de 2025, a projeção é de uma taxa média de 6,61%, caindo em relação ao dado real de setembro (6,70%).

Caso confirmado, será uma pequena, mas simbólica queda num segmento historicamente volátil.

Para dezembro, a previsão é de 6,58%, e para janeiro, 6,68%.

Esses números ajudam a reforçar a sensação de que há uma desaceleração da inadimplência, especialmente em razão da melhora gradual do mercado de trabalho, que sustenta a capacidade de pagamento das famílias.

Se os números estão caindo, por que ainda existe alerta?

A resposta está nos atrasos entre 15 e 90 dias — uma espécie de “pré-inadimplência”. Eles cresceram recentemente e podem se transformar em dívidas oficialmente em atraso nos próximos meses.

Segundo Claudio Felisoni, presidente do Ibevar, esse movimento pode empurrar a inadimplência real para próximo do teto das projeções, chegando a 6,9% no caso dos recursos livres.

Isso significa que, apesar da tendência de estabilidade, ainda há pressão no sistema de crédito — especialmente porque o endividamento das famílias já beira 50%, um nível historicamente elevado.

Em outras palavras: há melhora, mas o risco não passou.

O que explica essa melhora mesmo com famílias tão endividadas?

A principal “força positiva” tem sido o mercado de trabalho, que apresentou recuperação ao longo de 2025. Com mais pessoas empregadas, há maior capacidade de honrar compromissos, mesmo que o orçamento continue apertado.

No entanto, especialistas reforçam que esse avanço é pontual e não resolve o problema estrutural das dívidas no país.

O consumo ainda cresce devagar, os juros seguem altos e o endividamento das famílias continua aumentando em ritmo constante. Assim, a queda na inadimplência pode ser mais um ajuste técnico do que uma virada definitiva.

O pior ficou para trás — mas não relaxe ainda

O cenário para a inadimplência no Brasil traz sinais importantes de alívio, com projeções mais leves e um ambiente econômico um pouco mais favorável. Porém, os atrasos de curto prazo e o alto nível de endividamento mostram que a situação ainda exige cautela.

A tendência é positiva, mas frágil.

Se você acompanha o comportamento do crédito no país ou precisa entender para tomar decisões financeiras, vale ficar de olho nos próximos meses — especialmente nos atrasos que podem virar inadimplência formal.

Quer continuar acompanhando análises econômicas claras, diretas e sem enrolação? Então continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

A inadimplência realmente começou a cair?

Sim. As projeções mostram leve queda nas taxas de inadimplência e um cenário mais estável. Porém, atrasos recentes indicam que o movimento ainda precisa ser confirmado.

Por que os atrasos de curto prazo são preocupantes?

Porque eles costumam virar inadimplência oficial meses depois. Um aumento consistente nesses atrasos pode elevar os índices no futuro.

O crédito com recursos livres está melhorando?

Sim. As projeções apontam pequenas quedas na inadimplência desse segmento, refletindo melhora no mercado de trabalho e maior capacidade de pagamento.

O endividamento das famílias está diminuindo?

Não. O nível permanece alto, próximo de 50%, o que mantém parte da pressão sobre o sistema de crédito.

O pico da inadimplência já passou?

Os dados sugerem que sim, mas ainda há riscos que podem provocar novas oscilações se o cenário econômico mudar.

O que pode fazer a inadimplência subir novamente?

Desemprego, juros altos, perda de renda e aumento dos atrasos entre 15 e 90 dias são os principais fatores capazes de pressionar o indicador.

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