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O advogado-geral da União, Jorge Messias, divulgou nesta segunda-feira (24) uma nota repleta de elogios ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em uma tentativa clara de diminuir a oposição à sua indicação para o STF (Supremo Tribunal Federal). A movimentação ocorre em meio a um ambiente político tenso, já que parte dos senadores — incluindo Alcolumbre — preferia que o indicado fosse Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Messias reconheceu publicamente a importância de Alcolumbre como líder político e afirmou se sentir no dever de se dirigir ao senador neste momento delicado. Na nota, destacou:
“Reconheço e louvo o relevante papel que o presidente Alcolumbre tem cumprido como integrante da Casa, atuando como autêntico líder do Congresso Nacional.”
O texto não foi lido como um gesto casual, mas como uma tentativa direta de desarmar resistências e abrir caminho para conversas antes da sabatina no Senado.
Messias lembra período de trabalho no Senado
O advogado-geral relatou que parte da sua trajetória profissional foi construída dentro do Senado, quando trabalhou próximo ao então senador e atual líder do governo, Jaques Wagner (PT).
Segundo Messias, essa convivência o aproximou de Alcolumbre e permitiu desenvolver uma relação “franca, saudável e amigável”. Ele afirmou acreditar que ambos podem aprofundar o diálogo e construir soluções institucionais baseadas nos princípios democráticos.
O AGU também destacou que pretende conversar individualmente com cada senador, escutar preocupações sobre o Judiciário e explicar sua visão caso seja aprovado para o Supremo.
Por que Alcolumbre está insatisfeito com a indicação?
Davi Alcolumbre e um grupo de senadores defendiam que a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso fosse preenchida pelo ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A escolha de Lula por Messias irritou parte da Casa.
Segundo a assessoria de Alcolumbre, o senador esperava ser informado pessoalmente e previamente sobre a indicação — o que não ocorreu. A ausência do telefonema foi vista como desrespeitosa e aumentou o desgaste com o Planalto.
Aliados já afirmaram que Alcolumbre não deve trabalhar pela aprovação do nome de Messias.
O desgaste atinge diretamente o líder do governo
O clima ruim entre Senado e Palácio do Planalto recai especialmente sobre Jaques Wagner, hoje líder do governo na Casa e amigo próximo de Lula. Wagner é um dos principais defensores de Messias e tem sido pressionado internamente a reverter o descontentamento.
Apesar da resistência de parte dos senadores, Messias recebeu um apoio incomum: o ministro André Mendonça, indicado ao STF por Jair Bolsonaro, manifestou publicamente apoio à sua nomeação.
Conclusão: Messias tenta reconstruir pontes, mas desafio no Senado continua grande
A nota em elogio a Alcolumbre mostra que Messias está tentando conter a crise antes que ela atinja a sabatina de forma definitiva. Mas a resistência dentro do Senado, somada ao desgaste político com o Planalto, indica que sua aprovação exigirá articulação intensa.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que Messias elogiou Alcolumbre?
Para tentar reduzir a resistência do presidente do Senado à sua indicação ao STF.
Quem era o nome preferido de parte dos senadores?
Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado.
Alcolumbre ficou insatisfeito com a forma como Lula conduziu a indicação?
Sim. Ele esperava ser avisado antes, o que não aconteceu.
Messias trabalhou no Senado?
Sim, no gabinete do senador Jaques Wagner, atual líder do governo.
Quem apoia publicamente Messias?
O ministro do STF André Mendonça manifestou apoio à sua indicação.
A aprovação de Messias está ameaçada?
A resistência é grande, mas a decisão final dependerá da articulação política nas próximas semanas.









