A inflação voltou a surpreender para baixo e reacendeu a expectativa de que o Banco Central possa iniciar, em breve, um ciclo de redução da Selic. Segundo o MoneyTimes, o IPCA desacelerou em outubro e reforçou o cenário de descompressão de preços, o que dá espaço para uma mudança na política monetária já no início de 2026.
IPCA cai mais do que o esperado e reforça alívio no curto prazo
O IPCA registrou avanço menor que o previsto, abrindo espaço para uma leitura mais favorável sobre a trajetória inflacionária. Além disso, categorias essenciais — como habitação, energia e alimentação — contribuíram diretamente para o resultado mais leve.
Enquanto isso, analistas destacam que a disseminação da inflação perdeu força, o que reforça que o movimento não é pontual. Como consequência, cresceu entre economistas a percepção de que o Banco Central pode cortar juros antes do imaginado.
Por que o Banco Central começa a preparar terreno para cortar a Selic?
Com a inflação recuando, o Banco Central tem mais confiança para discutir flexibilização monetária. No entanto, o MoneyTimes reforça que isso depende de manutenção dos indicadores em trajetória benigna.
Além disso, o recuo das expectativas futuras de inflação — monitoradas pelo Boletim Focus do Banco Central — fortalece o argumento de que a Selic já atingiu o pico. Portanto, a tendência é que o comitê adote um tom mais suave nas próximas reuniões.
Quando a Selic pode começar a cair, segundo o mercado?
O mercado financeiro projeta que o início do ciclo de queda da Selic pode ocorrer já no primeiro trimestre de 2026. A avaliação parte tanto de consultorias quanto de bancos que monitoram inflação, atividade e risco fiscal.
Contudo, o MoneyTimes alerta que o Banco Central não abrirá mão da cautela. Portanto, cada dado de inflação, câmbio e atividade será decisivo para calibrar o ritmo e a intensidade dos cortes.
Como a queda dos juros afeta investimentos, crédito e consumo?
A redução da Selic mexe diretamente com o bolso do brasileiro. Por isso, entender seus impactos agora ajuda você a se antecipar. Veja os principais efeitos:
1. Renda fixa
Quando a Selic começa a cair, títulos pós-fixados perdem atratividade. Dessa forma, ganham espaço o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+, que travam juros maiores antes do ciclo de cortes.
2. Bolsa de valores
Juros mais baixos tornam o crédito mais barato e aumentam o apetite por risco. Assim, setores como varejo, consumo e construção podem ganhar força.
3. Dólar
Se os cortes forem acompanhados de credibilidade fiscal e confiança na economia, o câmbio tende a se estabilizar. Entretanto, cenário global adverso pode atrapalhar.
4. Crédito e financiamentos
Com juros menores, financiamentos como imobiliário, consignado e pessoal tendem a ficar mais acessíveis ao consumidor.
Riscos que podem atrasar a queda da Selic
Apesar do otimismo, economistas ainda observam pontos de atenção:
- incertezas externas podem pressionar o câmbio;
- inflação de serviços segue resistente;
- risco fiscal permanece no radar;
- choques de commodities podem reacelerar preços.
Portanto, o Banco Central deve agir com prudência — e o investidor precisa manter a estratégia ajustada aos diferentes cenários.
Conclusão
A desaceleração da inflação mudou o humor do mercado e abriu uma porta concreta para que o Banco Central inicie o ciclo de queda da Selic. Isso impacta investimentos, crédito, consumo e o planejamento financeiro de milhões de brasileiros.
Continue acompanhando o Brasilvest para entender como essa mudança pode influenciar sua carteira e quais decisões tomar agora.
Perguntas Frequentes (FAQ)
A inflação caiu mesmo?
Sim. De acordo com o MoneyTimes, o IPCA desacelerou em outubro, reforçando tendência de alívio nos preços.
Quando a Selic pode começar a cair?
Entre janeiro e março de 2026, caso a inflação siga em desaceleração.
A queda da Selic é garantida?
Não. Ela depende do comportamento da inflação, do câmbio e da situação fiscal.
Quais investimentos mudam com a Selic mais baixa?
Pré-fixados e IPCA+ tendem a se beneficiar; pós-fixados perdem rendimento.
A bolsa pode subir com juros mais baixos?
Sim. Juros menores costumam impulsionar setores que dependem de crédito e consumo.
O crédito vai ficar mais barato?
Provavelmente sim, mas de forma gradual conforme o ciclo de cortes avance.









