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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Inflação mais baixa nos EUA anima mercados

CPI de setembro veio abaixo do esperado e reforça apostas de corte de juros pelo Federal Reserve

A inflação dos Estados Unidos surpreendeu para baixo em setembro, fortalecendo o otimismo nos mercados financeiros internacionais. O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu apenas 0,3% no mês, contra previsão de 0,4%, conforme divulgou a BM&C News. No acumulado de 12 meses, o indicador avançou 3%, movimento que aproxima a inflação americana da meta oficial do Federal Reserve.

De acordo com a Bloomberg Línea, a leitura abaixo das projeções indica que o ciclo de aperto monetário pode ter chegado ao fim. Além disso, os investidores agora apostam em reduções graduais da taxa de juros já nas primeiras reuniões do Fed em 2026.

Núcleo do CPI confirma desaceleração da inflação

O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, também mostrou alívio. O índice subiu 0,23%, abaixo da estimativa de 0,30%. Essa desaceleração foi puxada por queda nos preços de bens duráveis e serviços, o que reforça a leitura de que as pressões inflacionárias estão se dissipando.
Segundo a BMC News, essa combinação provocou forte alta nas bolsas globais e queda nos rendimentos dos Treasuries, já que os investidores passaram a precificar cortes de juros mais próximos.

Expectativas de juros e impacto global

Os analistas do CME Group indicam probabilidade de quase 99% de o Fed reduzir os juros em 0,25 ponto percentual nas próximas reuniões. Isso tende a aliviar o custo de capital global e a estimular o apetite por risco, beneficiando especialmente mercados emergentes como o Brasil.
Conforme a Bloomberg Línea, a leitura mais branda do CPI também impulsionou o dólar para baixo e valorizou moedas de países exportadores de commodities.

Reação dos mercados internacionais

Logo após a divulgação, as bolsas de Nova York abriram em alta, enquanto as europeias ampliaram ganhos. O S&P 500 avançou, acompanhado pelo Dow Jones e pelo Nasdaq, refletindo a expectativa de um ambiente de juros mais baixos.
Ao mesmo tempo, os índices europeus, como o Stoxx 600, subiram com maior apetite por ativos de risco. No Brasil, o Ibovespa reagiu positivamente, acompanhando o movimento global de otimismo.

Próximos passos do Federal Reserve

Apesar do alívio, o Fed ainda mantém postura cautelosa. A autoridade monetária deve aguardar novos dados de inflação de serviços e emprego antes de confirmar a virada na política monetária. O presidente Jerome Powell já havia afirmado que o banco central precisa de “evidências consistentes” de desaceleração antes de cortar juros.
Enquanto isso, o mercado acompanha os indicadores para calibrar apostas sobre o início do ciclo de afrouxamento.

O que acompanhar nos próximos meses

  1. A divulgação do próximo relatório de inflação americana, para confirmar tendência de desaceleração.
  2. As decisões do Federal Reserve e os discursos de seus dirigentes.
  3. A resposta dos mercados emergentes, especialmente no fluxo de capitais e no câmbio.
  4. O comportamento dos rendimentos dos Treasuries, que ainda servem de termômetro global para risco e liquidez.

A surpresa positiva do CPI reforça a percepção de que a economia americana está em trajetória de equilíbrio. Assim, o mercado global ganha fôlego e reabre o debate sobre o fim da política monetária mais restritiva da década.

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