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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Investimentos das pessoas físicas sobem 6,8% e atingem R$ 7,9 trilhões no Brasil

Crescimento reforça papel da renda fixa e avanço da cultura financeira no país

por Geoffrey Scarmelote

O volume de recursos aplicados por pessoas físicas no mercado financeiro brasileiro chegou a R$ 7,9 trilhões no fim de junho, um aumento de 6,8% em relação a dezembro de 2024, segundo levantamento da Anbima. O avanço foi impulsionado pela renda fixa, que segue como principal destino dos investidores em meio aos juros elevados e ao amadurecimento da educação financeira no país.

Juros altos e busca por segurança

De acordo com a Anbima, a renda fixa representa 58,9% do total aplicado, somando R$ 4,68 trilhões. O movimento reflete a busca por estabilidade em um cenário de taxa Selic ainda em dois dígitos. Para Claudiner Sanches Junior, assessor de investimentos da WFlow, o resultado “mostra a força da renda fixa como porto seguro, o avanço do investidor de alta renda e a consolidação de uma cultura de investimento mais madura e digital entre os brasileiros”.

Alta renda amplia diversificação

O segmento de varejo alta renda cresceu 10,7% no primeiro semestre, chegando a R$ 2,86 trilhões e representando 36% do total de aplicações, segundo a Anbima. Claudiner observa que esse público “aproveitou o cenário de juros altos para consolidar o patrimônio e ampliar a diversificação — especialmente em crédito privado, infraestrutura, multimercados e investimentos internacionais”.

Dados da B3 mostram que o número de investidores em renda fixa ultrapassou 100 milhões de CPFs no segundo trimestre de 2025, enquanto o valor em custódia superou R$ 2,8 trilhões. Esse desempenho reforça a preferência por produtos conservadores e o amadurecimento da base de investidores no país.

Renda variável volta ao radar

Apesar da dominância da renda fixa, o investimento em renda variável também registrou avanço. Segundo a CNN Brasil, o número de investidores na bolsa cresceu 5% no segundo trimestre, alcançando 5,4 milhões de CPFs, enquanto o volume em custódia atingiu R$ 588,3 bilhões. Claudiner avalia que o investidor “busca equilibrar risco e rentabilidade por meio de alocação planejada, gestão de risco e uso de assessoria especializada”, o que torna as carteiras mais resilientes e preparadas para aproveitar oportunidades sem comprometer a segurança.

Cultura financeira em expansão

A evolução da base de investidores e a diversificação de portfólios refletem uma maturação da cultura financeira no Brasil. A Anbima aponta que o avanço das plataformas digitais, o aumento de conteúdos sobre finanças pessoais e o acesso facilitado a assessorias independentes têm contribuído para o crescimento sustentado. Claudiner conclui que “o momento é propício para quem busca ampliar investimentos: juros ainda atrativos sustentam a renda fixa, enquanto a expectativa de cortes abre espaço para diversificação. O segredo está no equilíbrio — combinar estabilidade com oportunidades, dentro de um plano bem definido e acompanhado de perto”.

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