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segunda-feira, dezembro 1, 2025
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IPCA: alívio nos alimentos em 2025 não deve se repetir em 2026, dizem economistas

Depois de um ano em que os preços dos alimentos deram trégua — contribuindo para reduzir a inflação oficial — analistas alertam: o próximo ano não deve repetir esse quadro. Segundo economistas consultados pelo Broadcast, fatores como alta nas carnes e menor contribuição do câmbio devem pressionar a alimentação no domicílio. O alerta foi divulgado pelo InfoMoney.

O que explica a desaceleração da inflação em 2025?

Em 2025, o grupo “alimentação no domicílio” terminou o ano acumulando alta modesta: até outubro, registrava 4,53%.

O cenário foi favorecido por boas safras, queda nos preços de commodities agrícolas, alta oferta interna e valorização cambial em determinados períodos — fatores que reduziram os custos de produção e o preço no varejo.

Além disso, o tombo nos preços de carnes — especialmente bovinas — ajudou a “segurar” a inflação alimentar e contribuiu para que o índice geral (IPCA) ficasse perto do teto da meta de 4,5%.

Por que o alívio tende a sumir em 2026?

Para 2026, os economistas projetam um quadro bem diferente. As principais razões são:

  • Alta esperada nas carnes, impulsionada por menor oferta ou custos de produção maiores.
  • Menor efeito positivo do câmbio e das safras agrícolas — os fatores que deram suporte aos preços baixos em 2025 não devem se repetir com a mesma intensidade.
  • Pressões sobre outros itens da cesta de inflação (serviços, energia, transporte), que também pesam no orçamento das famílias e dificultam o controle do IPCA.

Assim, mesmo que a inflação geral não dispare, o grupo de alimentação deve deixar de “puxar a queda” dos preços — e pode até exercer impacto ascendente sobre o índice.

O que isso significa para o consumidor e para a economia?

Para o consumidor, a tendência é de orçamento mais apertado: itens básicos podem subir, reduzindo o poder de compra. Famílias de menor renda, que gastam uma parcela maior do orçamento com alimentação, serão as mais impactadas.

Para a economia como um todo, a mudança cria pressão inflacionária e complica o quadro para política monetária e social. A expectativa de inflação para 2026 já alimenta debates sobre juros, câmbio e vitória de renda.

Para acompanhar novos capítulos desse embate, é importante ficar atento ao Brasilvest — tanto a decisões judiciais e políticas quanto às reações de empresas e usuários.  

Perguntas Frequentes (FAQ)

Por que os alimentos ficaram mais baratos em 2025?

Boa safra agrícola, queda nos preços de commodities, oferta interna maior e câmbio favorável ajudaram a reduzir os custos de produção e transporte, refletindo em queda de preços ao consumidor.

O que mudou para 2026?

Expectativa de alta das carnes, menor efeito das safras e câmbio, além de elevação de custos em outras áreas — tudo isso pressiona a inflação de alimentos.

Isso significa que a inflação vai disparar?

Não necessariamente. O alívio nos alimentos ajuda, mas outros grupos de consumo também influenciam o IPCA. A inflação pode subir, especialmente se houver pressão generalizada, mas não há garantia de “disparo”.

O que o governo e o Banco Central podem fazer para evitar impacto alto?

Política monetária (juros), controle cambial, estímulos à produção agrícola, controle de oferta e auxílio às famílias vulneráveis — são algumas medidas que podem mitigar o impacto.

Como o consumidor pode se proteger?

Planejamento orçamentário cuidadoso, preferência por alimentos de menor custo, compra antecipada de itens não perecíveis e atenção a promoções podem ajudar — minimizar gasto supérfluo e adaptar hábitos de consumo será essencial.

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