O Exército de Israel afirmou neste sábado que matou Raed Saed, um dos principais comandantes do Hamas, em um ataque aéreo direcionado contra um carro na Cidade de Gaza. Segundo as Forças de Defesa de Israel, ele era apontado como um dos arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023, considerado o estopim da guerra.
Se confirmada pelo Hamas, essa será a morte de maior repercussão desde o início do cessar-fogo, firmado em outubro deste ano, e indica que a trégua segue frágil e sob constante tensão.
Quem era Raed Saed e por que ele era alvo
De acordo com autoridades israelenses, Raed Saed ocupava um posto estratégico dentro da organização. Ele seria o chefe da força de fabricação de armas do Hamas e também atuava como segundo em comando do braço armado, atrás apenas de outro líder militar do grupo.
Além disso, Saed comandava um dos batalhões mais estruturados e bem equipados do Hamas na Cidade de Gaza, o que o tornava um alvo prioritário para Israel.
O ataque atingiu o veículo em que ele estava com outras três pessoas, todas mortas. Autoridades de saúde locais informaram cinco mortes no total, mas não confirmaram oficialmente a identidade das vítimas.
Ataque ocorreu após explosão contra soldados israelenses
Em nota conjunta, o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu e o ministro da Defesa Israel Katz afirmaram que o ataque foi uma resposta direta à explosão de um artefato acionado pelo Hamas no mesmo dia, que deixou dois soldados israelenses levemente feridos.
Segundo o governo israelense, Saed tinha ligação direta com ações recentes contra tropas e continuava operando ativamente, mesmo após o início do cessar-fogo.
Trégua em risco e violência segue em Gaza
O cessar-fogo em vigor desde outubro permitiu o retorno de centenas de milhares de palestinos às áreas devastadas da Cidade de Gaza e ampliou a entrada de ajuda humanitária. Israel também retirou parte de suas tropas da região.
Apesar disso, os confrontos não cessaram completamente. Autoridades palestinas afirmam que mais de 380 pessoas morreram em ataques desde o início da trégua, enquanto Israel diz ter neutralizado dezenas de combatentes e perdido três soldados no período.
A morte de uma liderança tão relevante do Hamas eleva o risco de escalada, reacendendo temores de um colapso definitivo do acordo.
O contexto da guerra em Gaza
O conflito começou após o ataque de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel, a maioria civis, e sequestraram 251 reféns.
Desde então, a ofensiva israelense resultou na morte de mais de 70 mil palestinos, segundo autoridades de saúde locais, em sua maioria civis. O conflito é um dos mais letais da história recente da região.
O que muda após essa morte?
Analistas avaliam que a eliminação de Saed:
- Enfraquece a capacidade militar imediata do Hamas
- Pode provocar retaliações pontuais
- Dificulta a consolidação da trégua
- Reforça a estratégia israelense de alvos cirúrgicos, mesmo em cessar-fogo
O cenário segue instável e qualquer novo ataque pode reacender um confronto em larga escala.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Quem era Raed Saed?
Um alto comandante do Hamas, ligado à produção de armas e ao ataque de 7 de outubro.
Israel confirmou oficialmente a morte?
Sim, o Exército israelense afirmou que ele foi morto no ataque aéreo.
O Hamas confirmou a morte?
Até o momento, não houve confirmação oficial do grupo.
O ataque viola o cessar-fogo?
Israel afirma que a ação foi uma resposta a um ataque recente do Hamas.
A trégua corre risco?
Sim. A morte de uma liderança relevante aumenta o risco de nova escalada.
Onde ocorreu o ataque?
Na Cidade de Gaza, em um ataque aéreo contra um veículo.









