Banco reforça visão otimista para mineração e siderurgia, com minério firme e estímulos da China no radar
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O Itaú BBA atualizou suas projeções para o setor de mineração e siderurgia. Segundo o InfoMoney, Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4) seguem como as “preferidas” da instituição. Já a CSN Mineração (CMIN3) passou de underperform para “market perform”. O banco vê espaço para ganhos com o minério acima de US$ 100 por tonelada e com a expectativa de novos estímulos econômicos na China.
Vale mantém protagonismo entre as mineradoras
A Vale segue com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 75, o que indica potencial de valorização superior a 20%. Além disso, o BBA elevou o Ebitda de 2026 em cerca de 4% e prevê geração média de caixa livre de 10% ao ano entre 2026 e 2028, excluindo os gastos com Mariana e Brumadinho.
O relatório também aponta dividend yield de 7%, que elevaria o retorno total ao investidor para quase 30%. Segundo o banco, a mineradora segue beneficiada pelo câmbio favorável e pela capacidade de manter margens elevadas mesmo em períodos de volatilidade.
Gerdau volta ao radar do investidor
A Gerdau manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24. O banco cita recuperação gradual do mercado interno e bom desempenho das operações nos Estados Unidos, que compensam oscilações de demanda no Brasil.
Apesar disso, o BBA alerta para riscos regulatórios, como as investigações antidumping sobre o aço laminado a frio. A decisão está prevista para novembro. Ainda assim, a casa considera que a empresa segue entre as mais sólidas da região e com boa capacidade de gerar caixa.
CSN Mineração sobe para neutra, mas sob cautela
A CSN Mineração foi elevada para “market perform”, com novo alvo de R$ 6,50 (antes, R$ 4,80). Mesmo assim, o BBA mantém tom prudente. O banco projeta geração de caixa negativa de R$ 3,2 bilhões entre 2026 e 2028, devido ao alto investimento no projeto P15.
Ainda que o projeto deva elevar os embarques em até 40%, o múltiplo EV/Ebitda de 6,3 vezes (2026) continua elevado. Por isso, a visão para o papel permanece neutra.
O que sustenta a visão otimista
O BBA vê oferta global ajustada, demanda estável na Ásia e políticas de incentivo na China como fatores que sustentam o setor. Além disso, empresas brasileiras integradas, com exposição externa e disciplina financeira, devem se beneficiar mais.
A instituição reforça que o setor de materiais básicos segue central no portfólio de investidores que buscam ativos defensivos com potencial de retorno. Em resumo, o momento favorece companhias com escala e eficiência global, como Vale e Gerdau, enquanto a CSN Mineração mantém um papel mais conservador na carteira.









