Modalidade continua sendo a mais cara do mercado
Dívida que explode rápido
O rotativo do cartão de crédito chegou a 449,9% ao ano em maio, segundo o Banco Central. A taxa é a mais elevada entre todas as modalidades de crédito disponíveis no Brasil e coloca consumidores em risco de superendividamento. Pequenas dívidas acumuladas no cartão podem se transformar em valores impagáveis em poucos meses, criando um ciclo de inadimplência difícil de reverter.
Mesmo após a aprovação da lei do Desenrola Brasil, que limitou os juros a 100% do saldo devedor em 12 meses, especialistas dizem que o custo continua sendo abusivo. O Senado destaca que a regra depende da fiscalização efetiva para ser cumprida, já que os bancos ainda possuem margem para aplicar encargos adicionais em atrasos e renegociações.
Consequências para o consumidor
De acordo com o G1, cerca de 18% dos clientes acabam migrando para o rotativo por pagarem apenas o valor mínimo da fatura. Essa prática parece uma solução de curto prazo, mas no médio prazo multiplica os custos e compromete o orçamento familiar. A dívida se alonga e consome grande parte da renda, levando consumidores a recorrer a empréstimos emergenciais.
O Governo Federal informou que a concessão do rotativo caiu R$ 3 bilhões em apenas um mês. Esse recuo indica que muitos consumidores estão migrando para alternativas mais baratas, como crédito consignado ou empréstimos pessoais. Ainda assim, a armadilha do rotativo segue como uma das principais causas de endividamento no país.
Economistas reforçam que o cartão de crédito, apesar de prático, deve ser usado com cautela. A recomendação é sempre pagar a fatura integralmente e negociar imediatamente caso surja dificuldade. Manter saldo no rotativo significa multiplicar a dívida em ritmo acelerado, colocando em risco a saúde financeira da família.