Enquanto nomes como Elon Musk, Bill Gates e o CEO da Klarna, Sebastian Siemiatkowski, soam o alarme de que a inteligência artificial deve eliminar praticamente todos os empregos nos próximos anos, uma voz importante do mercado de trabalho global traz uma leitura completamente diferente.
Sue Duke, diretora-geral do LinkedIn para Europa, Oriente Médio e África, afirmou que os dados da plataforma — hoje um dos maiores termômetros do mercado global — não confirmam nenhum cenário apocalíptico.
“Não é isso que estamos vendo”, disse Duke durante o Fortune CEO Forum, em Londres.
E mais: empresas que estão adotando IA estão contratando mais, não menos.
O que o LinkedIn encontrou nos dados?
Segundo Duke, a narrativa de que a IA vai destruir empregos em massa não encontra respaldo no comportamento real das contratações. Ela afirma:
“As organizações que integram IA estão contratando mais pessoas para realmente aproveitar essa tecnologia.”
Essas contratações aparecem principalmente em áreas como:
- desenvolvimento de negócios
- profissionais com fluência tecnológica
- vendas
- inovação e produtos digitais
Ou seja, à medida que a IA abre novas oportunidades, os times precisam crescer — não encolher.
A surpresa positiva para a geração Z
Para jovens que estão entrando no mercado de trabalho e têm ouvido que a IA vai engolir vagas de entrada, a fala de Duke é um alívio.
O LinkedIn vê alta demanda por profissionais iniciantes, desde que tenham:
- conhecimento básico de IA
- curiosidade tecnológica
- vontade de aprender rápido
E isso vale para todos os setores, não só tecnologia.
O que os empregadores vão buscar em 2026?
Sue Duke destaca duas áreas de habilidades essenciais para quem quer se posicionar bem no mercado:
1. Habilidades em IA (de todos os níveis)
Incluindo:
- noções básicas de IA
- uso de ferramentas
- escrita de prompts
- competências técnicas
Empresas estão acelerando automação, e essa demanda ainda está longe de saturar.
2. As habilidades “inalteráveis” — as humanas
Mesmo com automação crescente, funções que exigem inteligência emocional continuam indispensáveis.
Entre as mais valorizadas:
- comunicação
- trabalho em equipe
- resolução de problemas
“Essas habilidades humanas permanecem no centro das exigências de contratação. E não vão desaparecer”, reforça Duke.
A habilidade número 1 para 2026: adaptabilidade
Duke aponta que, mais do que qualquer competência técnica, adaptabilidade será o fator decisivo nas contratações.
Empregadores sabem que:
- as ferramentas mudam rápido
- os cargos se transformam constantemente
- novas funções surgem a cada ciclo tecnológico
Por isso, o que eles realmente buscam é:
uma mentalidade de crescimento
agilidade para aprender
capacidade de acompanhar a evolução da tecnologia
“Adaptabilidade está no topo das habilidades mais demandadas”, diz Duke.
Conclusão: IA não é o fim do trabalho — é o início de uma nova forma de trabalhar
O LinkedIn mostra que, ao contrário das previsões mais pessimistas, a IA não está “tomando todos os empregos”.
Ela está reestruturando carreiras, criando novas funções e valorizando quem combina tecnologia com habilidades humanas.
Para entender como a IA vai afetar sua carreira, quais setores vão crescer e como se preparar para 2026, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
A IA realmente vai substituir todos os empregos?
Segundo o LinkedIn, não. Empresas que adotam IA estão contratando mais, não menos.
Quais habilidades em IA devo aprender?
Uso de ferramentas, escrita de prompts e noções básicas já ajudam muito.
Quais habilidades humanas continuam essenciais?
Comunicação, resolução de problemas e trabalho em equipe.
A geração Z deve se preocupar com desemprego pela IA?
Não necessariamente. A demanda por jovens adaptáveis está crescendo.
Quais setores contratam mais com a chegada da IA?
Negócios, vendas, tecnologia e inovação.
Qual é a habilidade mais importante para 2026?
Adaptabilidade, segundo o LinkedIn.









