Varejista amplia lucro líquido em 9,4%, porém margens seguem pressionadas; resultado reforça resiliência em cenário de consumo morno
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A Lojas Renner reportou um lucro líquido de R$ 279,4 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado superou o consenso, que estimava cerca de R$ 254,9 milhões, segundo dados da Money Times. O Ebitda ajustado alcançou R$ 594 milhões, crescimento de 2,9% na base anual.
Receita e homologação de vendas
Apesar do lucro acima do esperado, a receita da companhia foi de R$ 3,08 bilhões, avanço de 4,2% ante 3T24, mas abaixo das estimativas médias de R$ 3,66 bilhões. As vendas nas mesmas lojas (SSS) cresceram apenas 3,1% — bem inferior aos 11,5% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A desaceleração reflete desafios no ambiente de varejo, como juros elevados, inflação persistente e acomodação de consumo.
Principais fatores de desempenho
O ponto positivo ficou com o controle de custos, que ajudou na expansão do lucro em momento de receita mais fraca. No entanto, a margem operacional patinou, refletindo pressões competitivas e necessidade de estímulos aos consumidores. A companhia também sinalizou que o crédito ao consumidor, via braço Realize, mantém relevância, embora sofra com ambiente de juros altos.
Perspectivas e riscos para investidores
Para o investidor, o resultado da Renner confirma resiliência, porém mostra que o cenário de crescimento está limitado. Em meio a taxas de juros em patamar elevado e consumo em freio, a companhia precisará apostar em eficiência operacional e diferenciação em produto e serviço para retomar ritmo forte de expansão. Há risco de margem comprimida se a pressão de descontos ou custos logísticos aumentar.
Contexto mais amplo do varejo brasileiro
O resultado da Renner se insere em um ambiente de varejo desafiador no Brasil: crescimento modesto de vendas, crédito caro e consumidores cautelosos. Nesse contexto, superar expectativas é importante, mas não elimina o foco em ajustes estratégicos. A companhia que melhor equilibrar crescimento e rentabilidade tende a se destacar em meio à turbulência.









