Relatório indica que Banco do Brasil pode liderar a queda, enquanto Itaú mantém rentabilidade e Bradesco tenta recuperar margens
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Os resultados do setor bancário brasileiro prometem um trimestre de contrastes. Segundo análise do Money Times, o Banco do Brasil (BBAS3) pode registrar queda de até 64% no lucro líquido do 3º trimestre de 2025, pressionado por aumento da inadimplência e maiores provisões para devedores duvidosos. A taxa Selic elevada, em torno de 15%, e o encarecimento do crédito rural e corporativo também pesam sobre os resultados.
Pressão nas carteiras de crédito
Analistas da XP Investimentos apontam que a deterioração das carteiras de agronegócio e pequenas e médias empresas deve impactar especialmente o Banco do Brasil e o Santander Brasil (SANB11). O Banco Safra reforça que o custo de risco permanece elevado, o que limita o crescimento da margem financeira. Por outro lado, a carteira de pessoa física mostra maior resiliência, favorecendo bancos com foco em consumo e serviços digitais.
Itaú mantém força e Bradesco busca retomada
Entre os grandes bancos, o Itaú Unibanco (ITUB4) segue como o mais sólido do setor. O relatório projeta lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, alta de 10,9% na comparação anual, e retorno sobre patrimônio (ROE) próximo de 22%. Já o Bradesco (BBDC4), apesar de ainda enfrentar desafios em crédito e eficiência, deve apresentar melhora gradual, impulsionada pela digitalização e pelo foco em clientes de maior renda, segundo o Money Times.
Olhar atento para o Santander e o Banco do Brasil
No caso do Santander, o lucro deve cair cerca de 18%, com impacto concentrado em provisões para crédito duvidoso e margens comprimidas. Já o Banco do Brasil tende a ser o mais afetado pela piora no agronegócio, segundo projeções da BTG Pactual e da XP. Ainda assim, a instituição mantém rentabilidade acima de pares públicos de países emergentes, sustentada pela eficiência operacional e pela forte base de crédito rural.
Perspectiva para o investidor
Para analistas, o 3º trimestre marca um ponto de inflexão para os bancões. Caso a inadimplência siga controlada e as receitas de serviços avancem, há espaço para estabilização dos lucros a partir de 2026. No entanto, se o cenário macro permanecer restritivo, bancos com maior exposição a crédito agrícola e corporativo podem continuar sob pressão.









