Alvo: tensão comercial, tarifas de 50 % e gesto diplomático ajustado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou hoje (6 de outubro) de uma videochamada com Donald Trump, em meio ao impasse das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. A conversa durou cerca de 30 minutos e teve tom amistoso, informou o governo brasileiro. O próprio G1 noticiou a iniciativa.
Diálogo retardado por tarifas agressivas
O encontro entre os dois líderes ocorre após Trump aplicar sobretaxa de até 50 % sobre exportações brasileiras. A medida, batizada de “tarifaço”, impacta setores como agronegócio, siderurgia e químicos. Lula fez da videoconferência uma tentativa de reaproximação diplomática e abriu espaço para negociações diretas. Segundo fontes, ele solicitou a retirada das sobretaxas e pediu abertura de canais de diálogo.
Quem esteve presente e o que foi tratado
Lula conversou com Trump do Palácio da Alvorada, acompanhado de ministros — como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda). Do lado americano, Trump contou com assessores diplomáticos e econômicos. Entre os temas abordados: comércio bilateral, tarifas, relato de “química positiva” entre os dois e possibilidade de encontro presencial.
A nota oficial divulgada após a chamada confirmou que Trump nomeou Marco Rubio para liderar negociações com representantes brasileiros após o diálogo.
Impacto imediato sobre mercados
A videochamada já gera repercussão nos mercados. Expectativa é que ações exportadoras, como Vale, Petrobras e empresas do agronegócio, capturem parte do entusiasmo diplomático. Por outro lado, incertezas persistem: sem confirmação de reversão das tarifas, os investidores seguirão cautelosos.
Se Trump abrir concessões, pode haver alívio temporário no câmbio e redução do “prêmio de risco” para empresas expostas ao mercado externo.
Limites e desafios políticos
Apesar do tom amigável, críticos alertam que a videoconferência é gesto simbólico, não garantia de mudança concreta. O Congresso norte-americano e setores protecionistas deverão pesar em qualquer avanço real.
Ademais, a escalada tarifária foi justificada por Trump como represália a processos contra aliados dele no Brasil, tema sensível que pode limitar a flexibilidade dos EUA.
Próximos passos e sinais para acompanhar
Fique de olho no comunicado oficial conjunto, que deve explicar os termos exatos da conversa. Também valerá acompanhar a atuação de Marco Rubio e o desenrolar das negociações comerciais.
Para o Brasil, será fundamental acompanhar reações junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e prever repercussão interna em setores mais atingidos — principalmente exportadores.