As memecoins tomaram conta das redes sociais, fóruns de investimento e comunidades cripto — e não foi por acaso. Diferentes das criptomoedas tradicionais, essas moedas se apoiam no humor, na cultura pop e no poder da viralização, e não necessariamente em tecnologia inovadora ou fundamentos econômicos sólidos. Mesmo assim, elas movimentam bilhões e conquistam multidões em todo o mundo.
Se você já ouviu falar em Dogecoin, Shiba Inu ou PepeCoin, sabe exatamente do que estamos falando. Agora, a pergunta é: o que torna uma memecoin tão atraente? E por que esse tipo de cripto se tornou parte do novo imaginário financeiro global?
Vamos destrinchar tudo em um guia simples, direto e completo.
Como surgiram as memecoins?
As memecoins nasceram em 2013, quando os engenheiros Billy Markus e Jackson Palmer decidiram criar uma paródia do Bitcoin. O resultado foi a Dogecoin, estampada com a imagem do famoso cão Shiba Inu.
O que começou como uma brincadeira rapidamente viralizou. Fóruns como Reddit e Twitter (hoje X) abraçaram o movimento, e a moeda ganhou uma comunidade fiel — muitas vezes impulsionada por humor, ironia e, claro, Elon Musk, um de seus maiores entusiastas.
A partir dali, ficou claro: memes não eram apenas piadas, mas também motores de comportamento econômico.
Quanto vale uma memecoin?
Não existe uma resposta fixa — e esse é justamente o ponto.
O preço de uma memecoin costuma ser extremamente volátil. Como muitas delas têm oferta infinita ou muito alta, seu valor depende mais de hype, memes e especulação coletiva do que de escassez.
Exemplo:
- Dogecoin: cerca de US$ 0,14 em abril de 2025
- Shiba Inu: aproximadamente US$ 0,000023 no mesmo período
A diferença ocorre porque cada uma tem quantidades de tokens muito distintas — e também porque a demanda muda conforme o mercado “decide” que aquela moeda está na moda.
No fim das contas, o valor de uma memecoin reflete muito mais o comportamento da internet do que a economia tradicional.
Como funcionam as memecoins na prática?
Tecnicamente, elas funcionam como qualquer outro token na blockchain.
A maioria é criada em redes já estabelecidas, como:
- Ethereum (ERC-20)
- Binance Smart Chain (BEP-20)
- Solana
Esses ativos utilizam contratos inteligentes, que automatizam regras e transações sem intermediários.
O que muda é o motor principal da valorização: não são algoritmos, não são fundamentos — são pessoas.
Memes virais, campanhas espontâneas, postagens de influenciadores e movimentos em massa em comunidades digitais podem acelerar (ou derrubar) o preço de uma memecoin em questão de horas.
Elementos como comunidade forte e FOMO (medo de ficar de fora) são fundamentais.
Quais são as principais memecoins em circulação hoje?
Algumas já se tornaram ícones do mercado:
• Dogecoin (DOGE): pioneira e com alta liquidez
• Shiba Inu (SHIB): criada como rival direta da Dogecoin
• PepeCoin (PEPE): inspirada no meme do sapo Pepe
• Floki Inu (FLOKI): referência ao cachorro de Elon Musk
• Bonk (BONK): sucesso emergente da rede Solana
• Baby DogeCoin (BabyDoge): versão mais “fofa” da DOGE
• TRUMP: associada ao ex-presidente dos EUA, com forte apelo político
Todos os dias surgem novas memecoins — e muitas delas desaparecem semanas depois.
O que especialistas pensam sobre esse tipo de ativo?
A opinião do mercado é bastante dividida.
Críticos destacam riscos como:
- ausência de fundamentos reais
- volatilidade extrema
- alto risco de golpes e esquemas Ponzi
- dependência do hype e comportamento de manada
Já defensores enxergam nas memecoins um fenômeno cultural e financeiro legítimo, baseado em narrativa, comunidade e expressão social.
Nomes conhecidos comentam o tema:
- Balaji Srinivasan: diz que memecoins são “ativos narrativos”
- Scott Galloway: destaca o valor da atenção como ativo econômico
- Elon Musk: sempre afirmou que Dogecoin é “a cripto do povo”
- Molly White: lembra que o fenômeno pode desaparecer tão rápido quanto surge
As memecoins, portanto, não são unanimidade — mas são impossíveis de ignorar.
Como as memecoins impactam a economia mundial?
Mesmo sem protagonismo institucional, elas já influenciam comportamentos econômicos em larga escala. Alguns dos principais efeitos:
- Fluxo especulativo global: enorme volume de capital migra rapidamente entre países
- Dolarização informal: a cotação em dólar afeta economias frágeis
- Desintermediação financeira: usuários fogem dos bancos e usam carteiras digitais
- Riscos regulatórios: entidades como o FMI intensificam o monitoramento
- Cultura como economia: memes passam a gerar valor econômico real
Memecoins mostraram ao mundo que narrativas, símbolos e comunidades podem mover capital com a mesma força que relatórios financeiros.
Conclusão
As memecoins deixaram de ser “moedinhas de piada” e se tornaram um fenômeno social, cultural e econômico.
Elas representam a nova lógica da internet: memes, comunidades e viralizações criando valor — às vezes sólido, às vezes completamente instável.
O futuro ainda é incerto. Talvez se consolidem como uma nova classe de ativos, talvez sumam com o tempo.
Mas uma coisa é certeza: enquanto existirem memes, existirão memecoins.
Se quiser entender mais sobre criptomoedas, tendências digitais e investimentos alternativos, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
Memecoin é uma criptomoeda de verdade?
Sim, elas funcionam como qualquer token de blockchain, mas seu valor depende mais de viralização do que de fundamentos técnicos.
Memecoins são seguras?
Não necessariamente. São extremamente voláteis e vulneráveis a golpes e manipulação de mercado.
Dá para ganhar dinheiro com memecoin?
É possível, mas envolve risco altíssimo. Os preços podem subir ou despencar em minutos.
Por que Dogecoin ficou famosa?
Porque começou como uma piada, viralizou nas redes e foi promovida por celebridades como Elon Musk.
Toda memecoin tem utilidade?
A maioria não. Elas dependem principalmente de hype e comportamento comunitário.
Vale a pena investir nessas moedas?
Somente se você entende os riscos e aceita a possibilidade de perder parte — ou todo — o capital investido.









