O mercado financeiro passou a apostar em corte da Selic já em janeiro, movimento impulsionado pela queda consistente da inflação e por sinais de desaceleração da atividade econômica. A expectativa marca uma virada importante após um longo período de juros elevados, que pressionaram consumo, crédito e investimentos.
A análise foi publicada pela IstoÉ Dinheiro e mostra por que investidores, economistas e analistas passaram a antecipar o início do ciclo de afrouxamento monetário.
Inflação em queda muda o jogo dos juros
Primeiramente, o principal fator por trás da expectativa é a desaceleração da inflação. Indicadores recentes mostram preços mais comportados, especialmente em itens sensíveis ao ciclo econômico.
Além disso, a inflação de serviços perdeu força, sinalizando menor pressão da demanda. Esse conjunto de dados abre espaço técnico para o Banco Central agir.
Portanto, o cenário inflacionário deixou de ser o principal obstáculo.
Atividade econômica mais fraca reforça apostas
Outro ponto central é a perda de fôlego da economia. Com juros altos por muito tempo, consumo e investimento começaram a desacelerar.
Empresas ficaram mais cautelosas, o crédito seguiu restrito e o mercado de trabalho deu sinais de acomodação.
Assim, manter juros elevados por mais tempo aumenta o risco de esfriar demais a economia.
Comunicação do BC alimenta expectativa
O tom mais equilibrado do Banco Central também contribuiu para a leitura do mercado. Embora o BC evite sinalizações diretas, a comunicação recente foi interpretada como menos resistente a cortes, caso a inflação siga comportada.
Segundo analistas, o Copom pode usar janeiro para ajustar o ritmo da política monetária, sem comprometer a credibilidade.
Ou seja, um corte inicial funcionaria como sinal, não como relaxamento excessivo.
Por que janeiro virou o mês-chave
Janeiro ganhou destaque porque reúne três fatores:
- Novos dados consolidados de inflação
- Projeções atualizadas para o ano
- Espaço para ajustar expectativas cedo
Cortar juros no início do ano permite ao BC testar o impacto e ajustar o ritmo ao longo de 2026.
Por isso, o mês virou o centro das apostas.
O que muda com a Selic menor?
Uma Selic mais baixa tende a gerar efeitos em cadeia:
- Crédito fica menos caro
- Empresas retomam investimentos
- Famílias aliviam orçamento
- Ativos de risco ganham atratividade
No entanto, o mercado não espera cortes agressivos. A palavra-chave é gradualismo.
Riscos ainda no radar do Banco Central
Apesar do otimismo, riscos permanecem. Entre eles:
- Incertezas fiscais
- Pressões políticas por juros menores
- Choques externos
- Reaceleração inesperada da inflação
Por isso, qualquer corte deve ser cauteloso e condicionado aos dados.
Impacto direto no bolso do brasileiro
Para o consumidor, a expectativa é de alívio gradual, não imediato. Parcelas de empréstimos e financiamentos tendem a cair com o tempo.
No entanto, o efeito não é instantâneo. Bancos costumam repassar a queda de juros de forma lenta.
Ainda assim, a mudança de tendência já melhora o sentimento econômico.
O que investidores acompanham agora
Até a reunião de janeiro, o mercado observa:
- Novos dados de inflação
- Relatórios do Banco Central
- Expectativas fiscais
- Cenário internacional
Qualquer surpresa pode reforçar ou esfriar a aposta no corte.
Conclusão: expectativa cresce, mas cautela segue
A queda da inflação abriu espaço para que o mercado aposte em corte da Selic já em janeiro. O movimento pode marcar o início de um novo ciclo, mas será feito com cautela.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
O mercado espera corte da Selic em janeiro?
Sim. As apostas cresceram com a queda da inflação.
A inflação já está controlada?
Está mais comportada, mas ainda exige atenção.
O corte será grande?
Não. A expectativa é de redução gradual.
Juros menores ajudam a economia?
Sim, mas o efeito é progressivo.
O BC já confirmou o corte?
Não. A decisão depende dos próximos dados.









