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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Novas restrições de Trump: como elas podem afetar os brasileiros que vivem ou tentam entrar nos EUA

As políticas de imigração dos Estados Unidos voltaram a endurecer. Após um atentado em Washington, o presidente Donald Trump anunciou uma série de novas restrições que afetam imigrantes de 19 países — e, mesmo que o Brasil não esteja na lista, brasileiros podem, sim, sentir os impactos indiretos dessas mudanças.

O ponto de atenção está na pausa temporária na análise de pedidos de asilo, que também afeta cidadãos de outras nacionalidades que não fazem parte da lista. Segundo a legislação americana, qualquer estrangeiro que comprove risco real em seu país de origem pode solicitar asilo nos EUA. Agora, esse processo ficará mais demorado.

De acordo com o advogado especializado em imigração Felipe Alexandre, brasileiros com entrevistas já realizadas e que esperavam apenas a decisão final deverão aguardar ainda mais.

“O oficial pode fazer a entrevista, mas não poderá tomar a decisão até que o governo estabeleça os novos padrões para o asilo.”

O especialista reforça que a suspensão não afeta os processos que já estão nas cortes, pela via judicial, mas atinge diretamente quem está aguardando resposta do USCIS, órgão administrativo que trata da maioria dos pedidos.

Outro efeito das novas regras é o aumento das checagens de antecedentes. Esses processos já são tradicionalmente demorados, mas agora podem levar ainda mais tempo.
“Não sabemos o que mais eles vão exigir antes de aprovar um caso”, afirma Alexandre.

O que motivou as mudanças?

As restrições começaram após um ataque ocorrido em 26 de novembro, quando Rahmanullah Lakanwal, cidadão afegão que vivia legalmente nos EUA, atirou contra dois agentes da Guarda Nacional perto da Casa Branca. Uma militar morreu.

Com isso, Trump anunciou:

  • veto à entrada de cidadãos de 19 países
  • pausa na concessão de green cards, cidadania e asilo para esses países
  • possibilidade de novas entrevistas e revisões para quem já vive legalmente nos EUA

A lista inclui Afeganistão, Haiti, Irã, Iêmen, Venezuela, Mianmar, Cuba, Líbia, Sudão, Somália e outros países considerados “de alto risco”.

Há risco de perseguição pelo ICE?

As novas medidas aumentaram o temor entre estrangeiros que já vivem nos EUA, especialmente os de países afetados. O ICE, órgão responsável por fiscalizar e prender imigrantes, pode intensificar operações.

Pessoas com green card não deveriam ser alvo direto, segundo Alexandre, já que seu status precisa ser revisto pelo USCIS. Mas quem está com pedidos de asilo pendentes pode ser mais vulnerável.

“Sabendo que as decisões estão pausadas, o ICE pode acessar o sistema e ir atrás de quem está aguardando resposta. Essas pessoas podem ser colocadas em processo de remoção.”

Brasileiros podem ser afetados?

Sim. Mesmo fora da lista dos 19 países, brasileiros que:

  • aguardam decisão do USCIS
  • solicitaram asilo recentemente
  • estão passando por verificação de antecedentes

podem enfrentar atrasos significativos ou maior rigor nas análises.

Além disso, o clima político mais hostil pode aumentar a pressão sobre qualquer estrangeiro sem documentação completa ou status migratório claro.

Se você acompanha economia, política internacional e notícias que impactam brasileiros ao redor do mundo, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Brasileiros estão proibidos de entrar nos EUA?

Não. O Brasil não está na lista dos 19 países vetados, mas brasileiros podem sofrer atrasos na análise de asilo.

Pedidos de asilo foram suspensos?

Sim, para decisões finais no USCIS. Entrevistas continuam, mas não há emissão de decisões até nova orientação do governo.

Quem já tem green card pode ser afetado?

Em teoria, não. O ICE não pode revogar green cards, mas pode investigar casos suspeitos.

O ICE pode prender pessoas com pedidos pendentes?

Pode ocorrer. Se o ICE identificar pedidos parados e considerar risco de inadmissibilidade, pode iniciar processo de remoção.

Por que o governo endureceu as regras agora?

Por causa do atentado em Washington, no qual uma militar americana foi morta por um imigrante afegão.

As verificações de antecedentes ficaram mais rígidas?

Sim. As novas regras exigem checagens adicionais, aumentando o tempo de análise.

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